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2006-03-16
Dois mil representantes de organizações não governamentais de cinco continentes participam do 2° Fórum Mundial Alternativo da Água (FAME), de 17 a 20 de março, em Genebra. O primeiro encontro ocorreu em 2003, em Florença, na Itália, como alternativa ao fórum organizado pela ONU, em Kyoto, no Japão.

Da mesma maneira que o grande encontro altermundialista de Porto Alegre nasceu para se opor ao World Economic Forum (WEF) de Davos, na Suíça, o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAME) nasceu como oposição ao encontro realizado sobre o tema pela ONU. O Fórum Mundial da Água terá sua quarta edição no México, em 2006, e o FAME começou na quinta-feira (17/03) em Genebra, com previsão para durar até 20 de março. Sua primeira versão foi em 2003, em Florença, Itália.

"Temos que nos comprometer para que a água continue a ser um bem público, como o ar que respirados, porque nem um nem outro pode ser substituído por outra coisa", afirma Rosemarie Bär, da Comunidade de Trabalho das Obras de Ajuda, uma organização não governamental suíça. Das 150 ongs que enviaram representantes ao encontro em Genebra, cinqüenta são suíças.

Segundo dados das Nações Unidas, atualmente 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável. Se somadas às que não têm acesso a qualquer infra-estrutura ou saneamento, elas passam para 2,4 bilhões. No entanto, a ONU proclamou o período de 2005-2015 como "Decênio Internacional da Água" - depois de 2003 ter sido o Ano Internacional da Água - e já organizou três Fóruns Mundiais.

"Esses fóruns não visam o objetivo principal que é garantir que todos os seres humanos tenham acesso à água o mais rápido possível", contrapõe o deputado estadual Alberto Velasco, presidente do comitê de organização do FAME 2005. Na verdade, nas três edições do Fórum Mundial organizadas pela ONU, enfatizou-se a privatização e as parcerias público-privadas como melhor maneira de expandir o acesso à água.

A reação começou no Fórum Social Mundial, onde organizações que se dedicavam ao tema se encontraram e adotaram alguns pontos comuns. Mas, como sempre, há divergências e nem todos concordam com a orientação do FAME, muito centralizado, segundo os críticos, na questão do acesso à água potável, quando a problemática é bem mais ampla.

Divergências
O 2° FAME foi organizado por um comitê internacional formado por duas organizações ligadas aos socialistas europeus: o Contrato Mundial da Água e a Coalizão Mundial contra a Privatização da Água. Um comitê nacional suíço também teve papel ativo na organização. Dois dos convidados ao encontro são os socialistas notórios Mario Soares (ex-presidente de Portugal) e Danielle Miterrand (esposa e o ex-presidente francês, François Miterrand).

Para o professor da Universidade Católica de Louvain (Bélgica) e secretário-geral do Contrato Mundial da Água, Ricardo Petrella, o objetivo principal do FAME 2005 é unificar o movimento em defesa da água. "A palavra Fórum indica que estamos em busca de soluções conjuntas. Nenhum de nós possui a verdade e é por isso que é preciso unificar o movimento e colocar em prática soluções concretas". O FAME 2005 vai discutir quatro princípios adotados em Florença, em 2003: água como direito de toda a humanidade, água como bem comum, financiamento público para a água e gestão democrática da água.

Não à privatização
As ongs criticaram desde o início o espaço dados às empresas transacionais nos fóruns da ONU, cujo vice-presidente representa, por exemplo, o grupo francês Suez, líder mundial na distribuição de água potável. "Um serviço público fatura do cidadão o preço de custo, enquanto o setor privado visa o lucro e a satisfação dos acionistas na Bolsa", explica Alberto Velasco. Para o Fame, somente a mobilização popular poderá resistir à privatização. O exemplo da "guerra da água" na Bolívia e o plebiscito contra a privatização da água no Uruguai são citados como exemplo.

Uma Convenção Internacional
No Fórum Social Mundial de Porto, este ano, destacou-se a necessidade de uma Convenção Internacional da Água. As discussões do FAME são paralelas, mas complementares, segundo o presidente do comitê de organização, Alberto Velasco. "Ao invés de visar a cabeça (Estados e ONU) nosso trabalho é mais na base, porém ambos se completam". A questão é fundamental por outras instâncias da ONU como o PNUE (Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente), organização que reconhece que o problema da água potável tem a mesma gravidade das mudanças climáticas".
(Swissinfo, 16/03/06)
http://www.swissinfo.org/spt/swissinfo.html?siteSect=105&sid=5608447

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