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2006-03-14
Pesquisadores de sete universidades européias acabam de descobrir um novo método capaz de prever quando um vulcão entrará em erupção – e, assim, um de seus maiores mistérios começa a ser desvendado. Mais: há também novas possibilidades de se estudar as idades dos vulcões, bombas-relógio naturais que estão sempre prestes a explodir. Sabendo-se a sua idade, vasculha-se o seu histórico. É como estudar a personalidade de uma pessoa explosiva a partir de sua trajetória de vida e, dessa forma, saber em que situações ela explodirá novamente. “A grande dificuldade da ciência sempre foi entender essas montanhas tão temperamentais para poder antecipar quando elas vão ligar o seu relógio natural e acordar de sua calmaria”, diz o geólogo inglês Jon Davidson, chefe do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Durham. “O novo método permitirá ajustar o relógio dessa bomba.”

A linha principal da pesquisa (investimento de 500 mil euros) foi a utilização dos cristais que se formam nas bordas e no núcleo dos vulcões, ou seja, nas amostras de lava que se solidifica depois de ter sido um dia expelida. Recolhem-se ínfimas amostras desses cristais (formados pela consolidação do magma que sai nas erupções) e, a partir daí, elas são analisadas através de um microscópio eletrônico capaz de ampliá-las em até 900 mil vezes. Assim, esses fragmentos de lavas podem ser lidos como se fossem um DNA que traz todo o histórico de vida, toda “personalidade” de um vulcão – e os cientistas podem prever quando ele entrará de novo em atividade, protegendo populações e cidades e evitando outras catástrofes. Antes dessa descoberta, os vulcanólogos valiam-se de satélites, instrumentos a raio laser, sensores infravermelhos e diversas outras parafernálias. O máximo que conseguiam era medir aspectos físicos: descobriam, por exemplo, qual a intensidade de uma erupção, mas não conseguiam prever quando ela começaria.

Como é importante saber o histórico do vulcão para saber quando ele “pretende” explodir, a técnica usada para estimar o seu tempo de existência é similar ao método empregado pelos botânicos para avaliar a idade das árvores.Consiste na análise do tronco e de seus anéis de crescimento, que geralmente marcam cada ano de vida da árvore. A maioria das árvores é formada por uma série de anéis duplos (claros e escuros). Contando-se esses anéis é possível calcular há quanto tempo ela existe. “Jamais pensei nessa técnica para descobrir o histórico de um vulcão. É um passo importante que ajuda na previsão de uma nova explosão”, diz Vilma Campanha, pesquisadora em geociências da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Para conhecer as diversas fases da história dos vulcões e dos fenômenos naturais que antecedem as suas erupções, os especialistas combinaram a análise dos elementos radioativos dos cristais com o tamanho dos grãos que se acumulam no topo de sua cratera. Isso foi feito com o auxílio de um potente microscópio, mesma tecnologia empregada para calcular a idade das rochas lunares coletadas nas missões espaciais americanas Apolo. Erupções ficam famosas na história quando causam grandes desastres ecológicos ou devastam regiões e matam os seus habitantes. Mas o fato é que, diariamente, pelo menos quatro vulcões entram em atividade, o que faz a Terra parecer um perigoso campo minado. Os pesquisadores tomam quatro deles como exemplo – quatro estrelas italianas dessa pirotecnia da natureza: o vulcão Stromboli, que tem erupções relativamente delicadas e freqüentes (a cada 20 minutos); os vulcões Teide e Vesúvio, com erupções de escala média; e o Campos Flegrei, o mais explosivo deles.

Com o novo estudo, a equipe de cientistas conseguiu descobrir o que ocorreu numa das mais famosas e espetaculares erupções da história, a do Vesúvio, que soterrou as cidades italianas de Pompéia e Herculano (79 d.C.). A conclusão foi que 17 anos antes da tragédia, que matou 20 mil pessoas, um terremoto anunciou o despertar do gigante Vesúvio, montanha de fogo de 1.220 metros de altura. O método recém-descoberto deve ser aplicado outra vez no próprio Vesúvio. Para a ciência, ele é hoje uma grande ameaça, já que entra em erupção a cada dois mil anos. O governo italiano já elaborou um plano de emergência capaz de retirar numa semana 700 mil pessoas que moram nas áreas de maior risco. O alerta dos geólogos é assustador: uma erupção do Vesúvio, ainda que pouco violenta, poderia matar um milhão de pessoas em 15 minutos.
(Isto É, 15/03/06)
http://www.terra.com.br/istoe/1899/ciencia/1899_descobertos_os_misterios_dos_vulcoes.htm

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