O Governo do Estado anunciou oficialmente ontem a retomada do “Programa de Monitoramento de Hortigranjeiros do RS”. A iniciativa tem como objetivo avaliar e fiscalizar a qualidade higiênico-sanitária dos hortigranjeiros frescos comercializados na Central de Abastecimento do RS-Ceasa, em Porto Alegre, contando com a participação das Secretarias Estaduais da Saúde e da Agricultura, Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde-FEPPS/Laboratório Central do Estado-Lacen, Centro Estadual de Vigilância em Saúde-CEVS e Emater.

O programa verifica a existência de contaminações nos alimentos, desde a sua produção até o consumo. Na próxima semana, o grupo técnico formado por representantes das entidades executoras definirá os seis (6) hortifrutigranjeiros a serem monitorados neste semestre.

Presente na solenidade de relançamento do programa, o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, disse que o controle dos alimentos tem grande importância em termos de saúde pública. Segundo ele, a saúde humana depende de alimentos adequados e sadios, visto que várias doenças (diabetes, problemas cadíacos e obesidade mórbida) estão diretamente relacionadas à necessidade de dietas balanceadas. Acrescentou, ainda, que o programa enfatiza a política de prevenção em saúde pública, definida como prioridade pelo governo Germano Rigotto.

O presidente da Ceasa/RS, Nestor Seibel, afirmou que o monitoramento de hortigranjeiros auxilia o Estado em sua obrigação de oferecer produtos de boa qualidade à população gaúcha. Acrescentou que o próximo passo será a criação de um selo de qualidade Ceasa. Também estiveram na solenidade o diretor do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Francisco Paz, e o diretor-administrativo da FEPPS, Francisco Isaías.

O trabalho de análise é realizado no Laboratório de Agrotóxicos do IPB-Lacen/FEPPS, que verifica a presença de agrotóxicos, coliformes e parasitas em alimentos pesquisados. Tais contaminações podem causar vários problemas ao organismo humano, tais como diarréia, vômitos, cólicas, hepatites, intoxicações alimentares, complicações respiratórias e neurológicas. O monitoramento também serve para programas de educação no campo, através da Emater, que orienta os produtores para a necessidade de cuidados máximos no cultivo de hortifrutigranjeiros.

A Ceasa trabalha com cerca de seis mil produtores e 210 atacadistas, sendo responsável por 30% de todos os alimentos “in natura” consumidos no Estado.
(Assessoria de Comunicação Social da Secretaria da Saúde/RS/ Gazeta do Sul, 14/03/06)