Moradores de Bagé reclamam de esgoto a céu aberto
2006-03-14
Há mais de um ano, a Associação dos Moradores do Bairro Ibajé, em Bagé, solicitou à Secretaria Municipal de Atividades Urbanos (Smau) a colocação de bueiros, encascalhamento e outras melhorias no bairro. Até agora, a reivindicação não foi atendida pela administração municipal. O titular da Smau, Luiz Eduardo Colombo, informa que os serviços terão início ainda neste mês.
O presidente da associação, Adair Borges de Abreu, lembra que o ofício abordando as necessidades do bairro foi protocolado na secretaria no dia 11 de fevereiro de 2005. Após essa data, esteve em contato com a secretaria por mais quatro vezes, não sendo atendidas as reivindicações.
Abreu diz que os moradores das ruas 181 com Roque Nova Pinto não agüentam mais conviver com o esgoto a céu aberto que além de causar mau-cheiro está servindo de espaço para a proliferação de insetos. Para resolver o problema, o presidente informa que foi feito um levantamento quando ficou apontada a necessidade da colocação de 115 bueiros. “O esgoto está em uma vala grande que enche de água e invade às ruas impossibilitando a passagem”, detalha.
Outro problema destacado por Abreu é a existência de uma lagoa que ocasiona enchente em dia de chuva, invadindo as residências. A proposta dos moradores é que o lixo e o aterro que estão próximos à lagoa sejam colocados nela para não ter vazão d água de outro açude próximo.
Nas ruas Carolina Corrêa com Pinheiro Bitencourt o pedido é a abertura da rua que não foi encascalhada e a colocação de 30 bueiros. Na rua Alfredo Romariz, o presidente diz que os moradores convivem com o esgoto que sai do presídio e causa mau-cheiro. “Por dia, correm 10 mil litros de esgoto e a população segue convivendo com esse problema que pode afetar a saúde”, observa Abreu ao recomendar que neste local devem ser colocados 20 bueiros.
O presidente comenta que os moradores estão inconformados com o descaso diante das solicitações. “No bairro existem 460 residências e, com isso, a prefeitura tem uma arrecadação de impostos na ordem de R$ 9 mil por mês”, detalha o líder do bairro ao acrescentar que com esses recursos já seria possível efetuar as melhorias.
O secretário Colombo diz que esse problema acomete o bairro desde a sua implantação, há mais de 10 anos, quando a estrutura de drenagem não foi realizada, o que na sua avaliação comprometeu o loteamento.
Colombo lembra que no ano anterior foi no bairro para fazer um levantamento das necessidades, após o contato com associações. Ele explica que naquela época o Executivo não tinha o material necessário para atender o pedido. No entanto, adianta que na última semana a compra dos bueiros foi efetuada e estão aguardando a chegada do material para dar início aos trabalhos.
“A nossa idéia é que entre os meses de março e abril a colocação dos bueiros seja solucionada”, esclarece. A ação de encascalhamento e recuperação das vias está no cronograma para ser realizada ainda neste mês. O aterramento da lagoa e a drenagem nas imediações do presídio também estão previstos para o final de março.
(O Minuano, 11 e 12/03/06)