O investimento em florestas pode ser uma excelente alternativa de renda para o homem do campo. A produtividade do cultivo de eucalipto varia entre R$ 900,00 a R$ 2.600,00 por hectare/ano, o que leva o mercado mundial do setor a movimentar US$ 300 bilhões e crescer a uma taxa anual de 4%. "Esses são motivos mais do que suficientes para comprovar que as florestas realmente agregam valor às propriedades, além de gerar emprego e auxiliar na fixação do homem no campo", destaca o diretor vice-presidente da CaixaRS, Rogério Augusto de Wallau, que falou na manhã de ontem (13/03) na Expodireto Cotrijal 2006 abordando um "case" florestal do RS. "Nesta área, a idéia é o aproveitamento de terras ociosas", destaca. O Rio Grande do Sul tem participação de 1,5% no mercado exportador da madeira, e já possui cerca de 370 mil hectares de florestas de eucalipto, pinus e acácia, as mais cultivadas no Estado.

A CaixaRS, através do Programa de Financiamento Florestal (Proflora), vem investindo recursos para incrementar o setor. De acordo com Wallau, a sustentabilidade das pequenas propriedades pode ser atingida com a inclusão das florestas, pois, passada a fase inicial de plantio, a cultura não sofre com variações climáticas.

Através do Proflora/Caixa RS, o governo do Estado busca aumentar a oferta de matéria-prima florestal para as empresas já estabelecidas no RS e atrair novos empreendimentos empresariais de transformação da madeira. Para os interessados, o Proflora/CaixaRS disponibiliza financiamentos de até R$ 150 mil com juros de 8,5% ao ano e prazo que varia entre oito e 12 anos. A partir de um contato, é feito um planejamento ambiental da área a ser utilizada e encaminhada a liberação de recursos.
(CP, 14/03/06)