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Aracruz adia em dois meses anúncio de ampliação de negócios
2006-03-13
Apesar de garantir que o Rio Grande de Sul continua nos planos da empresa para
futuros investimentos, o diretor de operações da Aracruz, Walter Lidio Nunes,
confirmou na sexta-feira (10/03/06) que vai adiar por dois meses o anúncio da
possibilidade de ampliação dos negócios em Guaíba, na região metropolitana de
Porto Alegre. Inicialmente, o comunicado estava previsto para este mês. O Estado
disputa com o Espírito Santo e a Bahia a construção de uma fábrica de US$ 1,2
bilhão para produção de 1 milhão de toneladas de celulose.
Nunes se reuniu com o presidente da Assembléia gaúcha, Fernando Záchia. Disse que a definição depende de negócios com o governo do Estado. A empresa estima a princípio que o prejuízo foi de US$ 800 mil. Contudo, segundo Nunes, o levantamento total pode ultrapassar os US$ 2 milhões.
– Tem toda uma responsabilidade sendo apurada pela segurança pública, evidentemente, que aí se ingressa na Justiça para a gente estabelecer o nosso direito. Vamos ver quem é o responsável, quem vai responder por isso – disse Nunes.
Após o governo do Estado publicar decreto suspendendo repasses para convênios e contratos com a Via Campesina, o deputado estadual, Frei Sérgio Görgen (PT), garantiu que a medida não enfraquece o movimento. Além disso, ele avaliou que é apenas uma crise momentânea:
– O Estado gaúcho não pode se dar ao luxo de não conversar com 30% do campesinato. Há uma crise no governo e eu imagino que é uma crise política que possa ser resolvida depois que os ânimos serenarem.
O deputado estadual defendeu a ação das pessoas que invadiram a Aracruz.
– Eu acho que já é um crime essas três empresas ocuparem 300 mil hectares de terra no Rio Grande do Sul. Esta é a verdadeira invasão que está acontecendo no nosso Estado, enquanto três mil, quatro mil pessoas estão embaixo de barracos há seis anos e não são assentadas – declarou o parlamentar que diz não temer ser responsabilizado.
Hoje, o governador em exercício Antonio Hohlfeldt pediu ao Daer e ao Detran uma operação pente-fino em todos os ônibus de agricultores que deixarem Porto Alegre na sexta.
(Rádio Gaúcha, 10/03/06)
Nunes se reuniu com o presidente da Assembléia gaúcha, Fernando Záchia. Disse que a definição depende de negócios com o governo do Estado. A empresa estima a princípio que o prejuízo foi de US$ 800 mil. Contudo, segundo Nunes, o levantamento total pode ultrapassar os US$ 2 milhões.
– Tem toda uma responsabilidade sendo apurada pela segurança pública, evidentemente, que aí se ingressa na Justiça para a gente estabelecer o nosso direito. Vamos ver quem é o responsável, quem vai responder por isso – disse Nunes.
Após o governo do Estado publicar decreto suspendendo repasses para convênios e contratos com a Via Campesina, o deputado estadual, Frei Sérgio Görgen (PT), garantiu que a medida não enfraquece o movimento. Além disso, ele avaliou que é apenas uma crise momentânea:
– O Estado gaúcho não pode se dar ao luxo de não conversar com 30% do campesinato. Há uma crise no governo e eu imagino que é uma crise política que possa ser resolvida depois que os ânimos serenarem.
O deputado estadual defendeu a ação das pessoas que invadiram a Aracruz.
– Eu acho que já é um crime essas três empresas ocuparem 300 mil hectares de terra no Rio Grande do Sul. Esta é a verdadeira invasão que está acontecendo no nosso Estado, enquanto três mil, quatro mil pessoas estão embaixo de barracos há seis anos e não são assentadas – declarou o parlamentar que diz não temer ser responsabilizado.
Hoje, o governador em exercício Antonio Hohlfeldt pediu ao Daer e ao Detran uma operação pente-fino em todos os ônibus de agricultores que deixarem Porto Alegre na sexta.
(Rádio Gaúcha, 10/03/06)
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