Começa a retirada de lodo na Lagoa Verde
2006-03-13
Depois de muitos anos de reivindicação, funcionários da Corsan começaram a retirar o lodo existente na Lagoa Verde, junto à RS-734, em Rio Grande. A iniciativa atende a uma questão ambiental do município.
A obra, estimada em R$ 1,45 milhões, deverá ser concluída em julho, dependendo das condições climáticas.
Segundo o superintendente da Corsan na região Sul, Eduardo Guimarães, como o sistema de tratamento de água do Município é antigo e não possui as novas exigências ambientais, o lodo gerado pela limpeza da água contém alguns elementos químicos usados durante o tratamento, entre eles, o sulfato de alumínio. "O lodo que forma após a limpeza da água deixa alguns resíduos de cloro e sulfato. O problema alertado por órgãos ambientais é que este lodo teria uma quantidade excessiva destes resíduos que se direcionam à Lagoa Verde", explica.
"Com a obra, Rio Grande será a primeira cidade do Estado a solucionar o problema já que um novo acordo foi firmado com a Fepam para que a Estação de Tratamento seja readequada. Somente as novas Estações de Tratamento não ocasionam mais este problema do lodo que vem acontecendo em diversos locais do País", diz. O novo projeto fará com que o resíduo gerado caia numa lagoa de tratamento - leitos de secagem - onde a água resultante retorna ao canal para ser reaproveitada. O lodo quando seco poderá ser reutilizado. "Profissionais da Fundação Universidade Federal de Rio Grande estão desenvolvendo um estudo para ver a possibilidade de reaproveitarmos este lodo. Soubemos de prefeituras que o utilizam em obras de habitação - como composto do tijolo - e como aterro para lixão", conta.
(Agora online, 12/03/06)