Residências estão em situação de risco em Passo Fundo
2006-03-13
A 1º Promotoria Especializada em Meio Ambiente solicitou que o Gesp (Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas) averiguasse o número de residências fixadas na área de preservação permanente da margem direita do rio Passo Fundo, nas proximidades da rua Manoel Portela, bairro Jardim Primavera.
A vistoria foi realizada no dia 12 de janeiro pelo engenheiro-agrônomo Luiz Souto, da Escola Técnica Federal de Sertão, acompanhado pelos integrantes do Gesp, a engenheira-agrônoma Maria Paula Nicolini Sochan e o geógrafo Paulo Fernando Cornélio.
Foram encontradas 22 residências localizadas na área de preservação permanente da margem direita do rio Passo Fundo, dessas residências, quatro se encontram em situação de risco.
Paulo Fernando Cornélio e Luiz Souto comentaram que além de identificar as casas no local, também foi verificado falta de tratamento de esgoto e água. "É largado direto no rio Passo Fundo esgoto sem nenhum tipo de tratamento e também há muitos depósitos de lixo." Eles disseram que existem outros casos parecidos como esse, mas que esse é o início de um trabalho que visa a preservar o meio ambiente e a segurança das pessoas. "Isso é inadequado para as pessoas e para o meio ambiente."
O promotor de justiça da 1º Promotoria Especializada em Meio Ambiente do Ministério Público Estadual, Paulo Cirne, esclarece que enviou ofício para alguns órgãos municipais para que o caso fosse estudado a fim de que sejam tomadas as devidas providências. "A prefeitura tem até o dia 20 de abril para informar as medidas que irão solucionar o problema das residências em área de preservação. Com essas informações em mãos, a promotoria irá tomar as providências em prol das famílias e do meio ambiente."
(O Nacional, 12/03/06)