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2006-03-10
Entre os dias 18 a 20 de abril, será realizada, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, a II Feira Brasil Certificado, evento que reunirá produtores e compradores de matéria-prima e produtos florestais produzidos de maneira sustentável: serrarias, indústrias de papel e celulose, painéis reconstituídos, fabricantes de móveis, produtos florestais não-madeireiro (alimentos, cosméticos, óleos, essências), design, artesãos e produtores comunitários. Em comum, todos eles contam com o selo do Forest Stewardship Council (FSC) ou Conselho de Manejo Florestal, a certificação florestal de maior credibilidade internacional. São produtos cuja sustentabilidade é atestada pela origem ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável.

O evento, uma iniciativa do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), em parceria com o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC Brasil) e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), será aberto ao público em geral (com entrada gratuita) e contará com uma mostra de design de produtos certificados. Além disso, serão realizados fóruns sobre mercado para produtos certificados, reservados somente aos visitantes que se inscreverem previamente (através do site www.brasilcertificado.com.br). Durante três dias, produtores e consumidores estarão reunidos para discutir as oportunidades e os desafios do mercado de produtos florestais certificados FSC.

Entre os expositores confirmados estão: A.W. Faber Castell, ABN Amro Real, Araupel, Arte Forma, Beraca Sabará, Braspine Madeiras Ltda, Cikel Brasil Verde, Cooper Floresta, EcoLeo/Leo Madeira, Ecolog Indústria e Comércio, Fênix Indústria de Móveis Itatiba, Floresteca Agroflorestal, Greenpeace, Indústria Brasileira de Molduras, Indústria de Madeiras Guilherme Butzke, Mil Madeiras Itacoatiara, Natura, Orsa Florestal, Piatan Interiores Indústria e Comércio, Sebrae Acre, Secretaria de Floresta do Estado do Acre, Suzano Bahia Sul Papel e Celulose, WWF-Brasil.

A 1ª Feira Brasil Certificado foi realizada em abril de 2004 e mostrou o grande potencial do mercado de certificação no Brasil. Com 50 expositores, formados apenas de empresas e comunidades com certificação FSC, teve quase 5.000 visitantes em três dias de evento, sendo 117 de fora do País, provenientes de 27 países. Nesta segunda edição do evento, será possível verificar o grande crescimento do mercado de produtos florestais certificados (no Brasil e no mundo) em apenas dois anos. (Da Assessoria)

Mercado em crescimento
Entre 2004 e 2006, a área florestal certificada pelo FSC internacionalmente passou de 40 milhões de hectares para 68,1 milhões de hectares, o que representa um aumento de 70,25%. Neste período, os países com áreas certificadas passaram de 59 para 66 e o número de florestas certificadas de 600 para 775. No Brasil, o número de florestas certificadas passou de 35 para 64 em dois anos. Atualmente, é o país com o maior número de empreendimentos e com a maior área certificada da América Latina, com 3,5 milhões de hectares certificados até janeiro de 2006, em 17 estados. A Bolívia vem em segundo lugar, com 2 milhões de hectares. Das áreas certificadas pelo FSC no mundo, 55,76% são de florestas naturais, 11,11% são de plantações florestais e 33,14% são áreas de florestas naturais e plantações.

Consumidor final
Mais do que a área plantada ou a produção madeireira, para o consumidor o importante é a certificação da cadeia de custódia para fabricantes, compradores, vendedores ou distribuidores de produtos florestais. Essa certificação consiste no rastreamento da matéria-prima da floresta até o consumidor final, garantindo a origem certificada do produto, seja ele feito a partir da madeira (de floresta natural ou plantada) ou de outros produtos florestais não-madeireiros. Atualmente, existem 5.115 linhas de produtos (nas diversas fases da cadeia de custódia) certificados pelo FSC no mundo, sendo 247 no Brasil.

O selo FSC
A certificação FSC surgiu em 1993 especialmente como uma resposta ao desmatamento das florestas tropicais no mundo, depois que a estratégia de boicote ao consumo dessas madeiras, durante os anos 80, não funcionou, principalmente pelo fato de, muitas vezes, o país produtor ser também o consumidor (caso do Brasil).

A idéia central por trás dessa iniciativa, por um grupo que incluía madeireiros, silvicultores, ambientalistas, movimentos sociais, povos indígenas e artesãos de 26 países, era que as florestas só seriam conservadas se fosse possível a exploração econômica de seus recursos, pautada em critérios sociais e ambientais que possibilitassem sua sustentabilidade no longo prazo.

No entanto, nesses 12 anos do FSC, a certificação avançou muito mais em florestas naturais temperadas - a Suécia tem a maior extensão de florestas certificadas no mundo – do que nos trópicos, justamente pela dificuldade e complexidade ambiental e social, além da questão fundiária: o principal entrave para o crescimento da certificação de florestas naturais no Brasil.

Assim, as florestas tropicais correspondem a apenas 12,77% da área certificada, enquanto 44,64% são de florestas boreais e 42,77% de florestas temperadas. Essa defasagem faz com que haja um demanda reprimida no mundo por produtos certificados de florestas tropicais. Maior produtor de madeira tropical, o Brasil produziu, segundo a Cypress Associates, 24,5 milhões de m3 de madeira em 2004, dos quais mais de 60% foram provenientes de extração ilegal (sem autorização do governo e/ou às custas de propinas à fiscalização e com mão-de-obra explorada e em situação irregular) e somente 2% certificados.

O FSC é o selo com maior valor no mercado nacional e internacional, o único aceito em qualquer mercado e com a maior área de florestas certificadas. É ainda o sistema com maior credibilidade e reconhecimento da sociedade (organizações não-governamentais e consumidores, principalmente). Isso acontece porque é o único sistema voluntário composto de fato pelos setores empresarial, social e ambiental, com independência, transparência e participação social. Ao contrário de outros sistemas, prioriza o desempenho socioambiental do empreendimento ao invés de procedimentos e burocracia. Além da representatividade setorial, o FSC garante o balanço Norte/Sul em todas as esferas de decisões – técnicas e políticas.
(O Rio Branco, 09/03/06)

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