Mancha de óleo na Baía de Guanabara já foi dissipada, afirma órgão ambiental
2006-03-10
A Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) informou ontem (9) que a mancha de óleo que apareceu quarta-feira na Baía de Guanabara, na altura do vão central da Ponte Rio-Niterói, já foi totalmente dissipada.
Embora a Capitania dos Portos não tenha conseguido identificar a origem do óleo, a Feema supõe que o derramamento tenha sido causado por uma embarcação pequena. A mancha apresentava fina densidade. Segundo a Feema, o vazamento não causou grandes danos ambientais.
Outro vazamento, na Região dos Lagos, atingiu na quarta-feira a Praia do Forno, em Búzios, e a Prainha, em Arraial do Cabo. A Feema enviou técnicos do Serviço de Poluição Acidental para analisar a extensão do acidente. A presidente da Fundação, Isaura Fraga, sobrevôa ainda hoje as praias da região para verificar as áreas atingidas.
(Radiobras, 09/03/06)
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“Nossos recursos foram explorados à exaustão, o contato com o homem branco nos prejudicou, o futuro das próximas gerações de Cocama já está gravemente comprometido e tudo que recebemos foram apenas mentiras”, diz o Tuxaua Pedro Carvalho dos Santos.
“O sentimento que nós temos é de revolta para aquilo que nosso povo considera uma grande falta de respeito, uma deslavada enganação”, completa o Tuxaua Cristóvão Cordeiro Alves.
Em efeito, a Emade, além de depositar o valor líquido de R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais) na conta corrente da Associação da Comunidade Indígena, prometeu, entre outras medidas de indenização, construir na aldeia uma escola em alvenaria com 5 salas, secretaria, cozinha, banheiros e refeitório; um posto de saúde de 13 metros quadrados; um poço artesiano; um flutuante; e proporcionar motores de popa, rabetas, tratores, canoas de alumínio e rede telefônica. Na prática nada disso aconteceu. Os problemas, no entanto, ficaram: as áreas próximas à aldeia foram devastadas, a destruição da cobertura vegetal próxima à orla do rio acelerou a queda de barrancos, um processo de erosão que não existia antes.
O Coordenador Geral da Coiab, Jecinaldo Barbosa Cabral / Saterê Mawé, comprometeu-se a requerer do Governador Eduardo Braga as providências cabíveis, e, se for o caso, levar a denúncia ao Ministério Público Federal.
(COIAB - Coord. Orgs.Indígenas da Amazônia Brasileira, 08/03/06)