(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-03-09
A empresa de celulose Aracruz afirma que aproximadamente um milhão de mudas prontas para o plantio, sementes para pesquisa e materiais genéticos foram destruídos durante a ocupação de 2 mil trabalhadoras rurais e agricultoras em uma unidade localizada em Barra do Ribeiro (RS), na madrugada de ontem (08).

O gerente regional florestal da empresa, Renato Rostirolla, rebateu a acusação de que a empresa constrói um "deserto verde" ao substituir a vegetação nativa e a agricultura por eucaliptos. O gerente florestal afirmou que a área ocupada por florestamento hoje na metade sul é em torno de 0.75 % da área total e 1.7% do estado do Rio Grande do Sul. " Se forem aprovados todos os investimentos previstos para as indústrias, Stora Enso, Votorantim e Aracruz, a área para o deserto verde iria aumentar para aproximadamente 2.5%, quase nada em relação a grande área existente nessa região."

Rostirolla disse ainda, que a empresa convive pacificamente sem competir com a pecuária e com a agricultura. "Tem espaço suficiente para todos. Como prova disso temos um contrato de parceria com os indígenas que põem o gado dentro de nossos plantios. Mas, como houve invasão e manutenção de vigias em cativeiro, teremos de agir para que casos como esses não se repitam."

O gerente diz ter ficado surpreso com a ocupação de uma área que é produtiva. "Os laboratórios foram completamente destruídos e cerca de 400 mil dólares foram perdidos em materiais genéticos. "Soubemos que as agricultoras queriam protestar contra o agronegócio e estão atacando empresas de grande porte, que não produzem alimentos na floresta", explica.

A Via Campesina, rede mundial de trabalhadores rurais, diz que a plantação de eucaliptos para a indústria de papel e celulose prejudica a biodiversidade. Mas, de acordo com Rostirolla, "faltam informações para essas trabalhadoras". Segundo ele, para cada dois hectares plantados, a Aracruz preserva 1 hectare. "Isso significa que do total da área que a empresa utiliza para o cultivo de eucaliptos, 33% é de área de preservação. É bem acima do exigido, que é 20% de preservação. Além disso, nós temos o Selo Verde e certificações que garantem aos nossos clientes que trabalhamos de maneira sustentável," ressalta.

Rossetto critica manifestação de mulheres na Aracruz e empresa diz que ação foi de vandalismo
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, divulgou nota há pouco condenando a ocupação de instalações da empresa Aracruz Celulose, em Barra do Ribeiro (RS). A ação foi realizada na madrugada de hoje (8) por cerca de 2 mil mulheres ligadas a movimentos sociais da rede internacional Via Campesina.

"Ao condenar a atitude do movimento, Rossetto salientou que ações dessa natureza nada têm a ver com o programa de reforma agrária, e, portanto, este é um assunto que deve ser tratado pelo Poder Judiciário", diz a nota do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). "Para Rossetto, essa ação não reflete o ambiente de debate e troca de experiências que está ocorrendo desde o início da semana na 2ª Conferência Internacional sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural."

A Aracruz Celulose mantém em Barra do Ribeiro uma instalação destinada à pesquisa genética e produção de mudas de árvores utilizadas na indústria de celulose e papel, como eucaliptos e pinus. Segundo nota da empresa, também divulgada hoje, houve vandalismo e intimidação dos seguranças da instalação durante a ação. "Os seguranças do local foram rendidos e os manifestantes, ameaçando os empregados, destruíram parte do viveiro e o laboratório de pesquisa da empresa", diz a nota.

A empresa não divulga valores dos prejuízos, mas inclui entre os equipamentos e materiais destruídos cerca de 1 milhão de mudas, além de sementes, computadores e pesquisas que, segundo a empresa, eram resultado de 15 anos de trabalho.

"[A empresa] acredita que não se trata de um ataque específico à empresa, mas à atividade da silvicultura em todo o território do Estado e ao agronegócio brasileiro como um todo. A Aracruz já iniciou os trabalhos de recuperação do viveiro e está dialogando com órgãos competentes e governo para tomar as medidas necessárias, em defesa de seus direitos", segue o texto. "E lamenta os atos de vandalismo, de intimidação e de invasão de propriedade privada, que considera uma afronta aos princípios democráticos e ao estado de direito."
(Radiobras, 08/03/06)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -