Minas Gerais suspende atividades de mineradora ligada a vazamento de lama
2006-03-09
O Copam - Conselho Estadual de Política Ambiental, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, determinou a suspensão das atividades da Rio Pomba Mineração, cuja barragem rompeu no último dia 1º e permitiu o vazamento de 400 mil metros cúbicos de lama para afluentes e rios da Zona da Mata. A determinação deverá ser publicada na edição de quarta-feira (8) do "Diário Oficial" do Estado.
De acordo com a Feam - Fundação Estadual de Meio Ambiente, os órgãos estaduais competentes decidiram suspender as atividades da Rio Pomba pois ela não apresentou, no prazo determinado, um relatório de segurança da barragem - que é exigido de todas as empresas do setor. Em sua deliberação, o Copam também determinou a suspensão de outro empreendimento da empresa, em Mercês (MG).
Vazamento - O vazamento da lama - resíduos de tratamento de bauxita - começou na quarta-feira (1º) e só foi contido às 5h de sexta (3). Os rejeitos atingiram córregos e rios da Zona da Mata e chegaram ao Rio de Janeiro. Em Laje de Muriaé (RJ), o abastecimento de água teve que ser suspenso.
Devido aos prejuízos, o governo fluminense entrou com uma ação civil pública contra a Rio Pomba para que sejam feitas obras para conter o vazamento de lama no rio Muriaé, que chega ao Estado, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 100 mil.
Lama - Laudo da Feema - Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente, do Rio, consoante com a Feam - Fundação Estadual do Meio Ambiente, de Minas Gerais, descartou que a água esteja contaminada com metais pesados.
Conforme a fundação mineira havia atestado antes, a lama é feita apenas de água e argila. Em grande concentração, porém, o material já matou plantas e peixes.
(Folha Online, 07/03/06)