Novos estudos ambientais custarão R$ 153 milhões ao governo
2006-03-09
Os novos estudos ambientais dos rios brasileiros a serem realizados este ano custarão R$ 153 milhões ao governo, segundo Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética. Serão realizados três tipos de estudos: Avaliação Ambiental Integrada (AAI), Estudo de Inventário com AAI e Estudo de Viabilidade de Aproveitamentos Hídricos. Esses trabalhos são necessários para se conseguir a licença prévia, pré-requisito para licitar um empreendimento. A EPE realiza ainda neste trimestre licitação para a escolha das empresas de consultoria de engenharia, que conduzirão os estudos em seis rios da região Amazônica, os trabalhos de AAI em outros quatros rios e duas bacias hidrográficas.
A EPE coordenará a realização dos trabalhos dos estudos de inventário com avaliações ambientais integradas de seis rios localizados na região Amazônica. Os rios Branco (2 mil MW), Trombetas (3 mil MW), Aripuanã (3 mil MW), Jarí (1,1 mil MW), Sucurundi (650 MW) e Juruena (5 mil MW) têm em conjunto potência instalada prevista de 14.750 MW. Os estudos estão orçados em R$ 65 milhões, incluindo as avaliações ambientais integradas dos rios Tibagi, Iguaçu e Teles Pires.
O maior investimento, de R$ 70 milhões, será feito nos estudos de viabilidade em cinco trechos do rio Teles Pires, com uma potência instalada prevista de 2.965 MW, e em um trecho do rio Apiacás, com 271 MW de potência prevista, ambos localizados no Mato Grosso. Tolmasquim disse que são necessários quatro anos entre a realização do trabalho e concessão da licença até o leilão.
Outros R$ 18 milhões serão investidos na AAI de nove bacias hidrográficas espalhadas pelo país. Serão abertos os processos licitatórios de Tapajós e Araguaia. As bacias do Parnaíba, Tocantins, Formadores do Tocantins, Doce, Paraíba do Sul e Uruguai foram abertas no ano passado. O presidente da EPE participou nesta quarta-feira, 8 de março, do seminário "Matriz Energética e o Meio Ambiente", realizado pela Câmara de Comercialização França-Brasil, no Rio de Janeiro.
(Canal Energia, 08/03/06)