Arroio do Meio decreta emergência por falta de água
2006-03-09
O prefeito de Arroio do Meio, Danilo José Bruxel, decretou, ontem, situação de emergência no município da região do Vale do Taquari. Cerca de 500 propriedades da área rural enfrentam os efeitos da estiagem, como a falta de água para o consumo humano e dos animais.
Os poços artesianos estão secando. Seis aviários e uma pocilga pararam suas atividades. O desenvolvimento das pastagens e da cana-de-açúcar caiu 75%, o que representa também mais custos para os produtores.
"Os dados são alarmantes e não há previsões de chuvas para os próximos dias", observa o secretário da Agricultura, André Rosenbach. As secretarias da Agricultura e de Obras vêm se empenhando para atender à demanda de água nas localidades e na abertura de fontes e poços.
A prefeitura distribui cerca de 24 mil litros de água por dia nas localidades mais atingidas. O transporte é feito por meio de caminhões-pipa próprios e contratados. Entre as comunidades mais castigadas, estão as de Morro Leão, Linha São Roque, Morro São José e Morro Gaúcho.
A Secretaria Municipal de Planejamento já encaminhou ao Departamento de Recursos Hídricos do Estado (DRH) a documentação necessária para a desapropriação de duas áreas onde deverão ser instalados um poço artesiano e um reservatório de água para abastecimento de famílias do Morro São José.
Para a execução do projeto da rede de água potável na comunidade, a Prefeitura de Arroio do Meio firmou um convênio com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no valor de R$ 80 mil. O início da perfuração do poço artesiano depende agora da autorização do DRH, o que deve levar de 15 a 30 dias, explica o secretário de municipal Planejamento, Ernani Grassi.
Conforme levantamento feito pela prefeitura, os prejuízos causados pela estiagem nas lavouras e na produção de leite do município atingem diretamente cerca de 1,1 mil agricultores.
(CP, 09/03/06)