Obra de conduto gera reclamações no bairro Auxiliadora, em Porto Alegre
2006-03-07
Moradores das regiões da capital onde está em andamento a construção do Conduto
Forçado Álvaro Chaves-Goethe reclamam dos transtornos causados pela obra, como a
precariedade dos acessos aos seus prédios.
A queixa não é nova, mas se intensificou com à volta à normalidade da cidade após
o término das férias de verão e do Carnaval.
A necessidade da rede de 13 mil metros de canalizações que começou a ser implantada
no ano passado e deverá estar concluída em 2007 não é contestada pelos moradores.
A promessa da prefeitura é de que o conduto beneficiará 118 mil pessoas de nove
bairros com o fim dos alagamentos na região. O custo da obra é de R$ 43 milhões.
Mas as pessoas reclamam dos transtornos provocados pela construção. Ontem (06/03),
Everton Pinzon, propietário de uma escola na Rua Mata Bacelar, no bairro
Auxiliadora, reclamava do acesso ao estabelecimento:
– No início da tarde, tenho mais de 200 pais que vêm largar os filhos-. A maioria
vem de carro e não tem como entrar no acesso à escola porque está cheio de buracos
e pedras.
O acesso ao qual Pinzon se refere é um pedaço da rua que foi reservado para o
trânsito de quem mora ou trabalha por ali.
Moradores e pessoas que trabalham nas ruas vizinhas à Mata Bacelar, como o engenheiro
Roberto Meirelles, dizem que o incômodo causado pela obra se intensifica sempre
que há chuvas na cidade, como aconteceu nos últimos dias. Ele acredita que seja
devido aos estragos que a chuva causa nos canteiros de obras.
– A solução é terminar a obra de uma vez-, aponta a farmacêutica Daniela da Rosa
Moreira.
No ano passado, uma chuvarada alagou e causou danos aos moradores ao redor dos
canteiros de obras.
(ZH, 07/03/06)