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2006-03-07
Com apenas dois aerogeradores prontos e girando em marcha lenta (em teste), a Ventos do Sul começou o mês de março montando o terceiro dos 75 cata-ventos da usina eólica de Osório. A empresa formada por capitais da Espanha e da Alemanha tem agora 44 semanas para montar os demais 72 cata-ventos e cumprir o contrato segundo o qual a partir de janeiro de 2007 deverá iniciar o fornecimento de energia elétrica à Eletrobrás.

Embora não admita publicamente que exista atraso no andamento da obra, a direção da Ventos do Sul já deixou claro às autoridades energéticas que gostaria de antecipar o fornecimento de eletricidade para o início do segundo semestre de 2006, quando, na pior das hipóteses, poderá ter 25 cata-ventos prontos para gerar energia, produzindo assim um terço (50 MWh) da carga prevista para toda a usina. Nos meses seguintes, sem atropelos, a usina eólica iria agregando carga ao sistema elétrico sulino, até chegar aos 150 MWh projetados.

O argumento da Ventos do Sul é bastante plausível: afinal, por que esperar janeiro de 2007 para iniciar o fornecimento se a partir de abril próximo a linha de transmissão já estará apta a levar corrente elétrica de geração eólica para a subestação da CEEE em Osório? Obrigada a fazer um contrato “no escuro”, seguindo normas burocráticas que deixam de fazer sentido à medida que a usina eólica vai se concretizando na zona rural de Osório, a Ventos do Sul tem interesse em flexibilizar alguns itens do negócio que, além da Eletrobrás e da CEEE, envolve a tecnocracia do Ministério de Minas e Energia e da ANEEL -- Agência Nacional de Energia Elétrica.

Para atravessar as barreiras impostas pela burocracia, a proposta antecipatória da Ventos do Sul precisa contar com dois fatores favoráveis: 1) que haja uma real necessidade de agregar mais energia ao sistema elétrico nacional; 2) que haja recursos no orçamento da Eletrobrás para custear a antecipação do contrato. Um terceiro fator pode entrar em campo: já que estamos em ano eleitoral, a antecipação operacional pode ser divulgada como uma conquista do governo. Por isso se tornou decisivo garantir a presença do presidente Lula na “ligação da usina”. Mas isso depende mais do timing da campanha presidencial do que do próprio andamento da obra.

A corrida da Ventos do Sul contra o relógio se justifica porque a empresa tem interesse em colocar em marcha outros projetos eólicos no Brasil. Na realidade, as obras de Osório foram iniciadas com atraso por causa da lentidão dos trâmites burocráticos governamentais e da demora na liberação do empréstimo do BNDES e do consórcio de bancos que financia a usina.

Após a assinatura do contrato de financiamento em 5 de outubro de 2005, a empresa eólica enfrentou uma temporada de chuvas em nada favorável a uma construção altamente dependente de perfurações profundas, concretagem e emprego de resinas colantes.

A partir de junho próximo, a montagem da usina poderá sofrer atrasos devido à intensificação dos ventos, que alcançam a plenitude nos meses da primavera, de setembro a dezembro. Quando venta muito forte, torna-se impraticável a operação dos guindastes empregados na montagem das torres e dos geradores.
Por Geraldo Hasse, de Osório, para O Diário dos Ventos, série exclusiva do Ambiente Já e Jornal Já – www.jornalja.com.br.

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