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2006-03-06
O padrão de conhecimento da biodiversidade dos invertebrados terrestres brasileiros varia bastante. Apesar de o nível de informações ser baixo em todos os lugares, em determinadas regiões, como no Nordeste, ele é ainda menor.

Segundo um relatório preliminar coordenado por Carlos Roberto Brandão, Eliana Cancello e Christiane Yamamoto, todos do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), feito a pedido do Ministério do Meio Ambiente (MMA), vários especialistas consultados para a pesquisa classificaram as informações existentes sobre o Nordeste como ruim. Isso levando em conta o grau de coletas feitas e o conhecimento científico sobre a fauna existente.

“Essa conclusão é especialmente preocupante ao se levar em conta que esta talvez seja a região que sofre maior pressão antrópica no país já há bastante tempo. É também lá que ainda existe menor número de pesquisadores e instituições que abrigam acervos”, explicam os autores no estudo.

As informações disponibilizadas ao MMA serão ainda consolidadas e apresentadas de forma oficial na 8ª Reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8), que será realizada em Curitiba. As discussões entre os delegados de 187 países, mais a Comunidade Européia, terão lugar entre os dias 20 e 31 de março.

“Para a grande maioria dos invertebrados, quer sejam terrestres ou mesmo aquáticos, a situação do conhecimento é muito ruim e aquém da desejada e necessária”, disse Carlos Roberto Brandão. O estudo, que teve a participação do zoólogo, não revelou problemas apenas com a biodiversidade nordestina. A região Centro-Oeste também foi classificada como a que reúne pouco conhecimento sobre invertebrados terrestres (grau inexistente para aranhas, por exemplo, e pior grau de cobertura de coleta). Os biomas predominantes na região são o Pantanal e o Cerrado.

No caso do Cerrado, os responsáveis pela avaliação sobre minhocas, cupins, cerambicídeos (na qual estão os besouros) e formigas consideram tanto o grau de coleta quanto o de conhecimento, excepcionalmente, como bom. Os demais grupos voltam a regra e entraram no campo do “ruim” ou “inexistente”.

A região Norte é apresentada com um nível intermediário de conhecimento, entre a média de todos os grupos. No Sul e no Sudeste, o conhecimento sobre a biodiversidade pode ser considerado, também em termos médios, como bom.

Segundo Brandão, o quadro negativo não se aplica em alguns casos bastante específicos. “As formigas, por exemplo, já permitem avaliações da biodiversidade total a partir de extrapolações baseadas na fauna conhecida. Isso pode ser feito, entretanto, com bastante erro e incerteza, além de ser uma grande exceção”, diz.

Mesmo nesse grupo considerado bem conhecido – e isso é importante para ter uma dimensão real sobre os demais – ainda há muito por ser feito. Os pesquisadores estimam que existam no Brasil cerca de 5 mil espécies de formigas, das quais apenas metade foi descrita.

As recomendações de Brandão e colaboradores não fogem do padrão encontrado para a maior parte dos demais grupos animais e vegetais. “É preciso investir na formação de recursos humanos. Sejam eles especialistas em identificação ou taxonomia ou até mesmo técnicos preparados para auxiliar nas coletas e cuidar das coleções”, afirmam.

Por Eduardo Geraque
(Agência FAPESP)

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