Empresa de celulose é denunciada por crimes ambientais
2006-03-06
Ainda está em andamento na Promotoria de Justiça de Laranjal do Jari (Ministério Público do Amapá), o procedimento que apura as denúncias reclamadas pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema), com relação aos Passivos Ambientais causados pelo lançamento de efluentes químicos jogados pela empresa Jari Celulose, no Rio Jari, sem o devido tratamento, como determinam as leis ambientais brasileiras.
De acordo com o conselheiro do Coema, Mamede Leal Siqueira, apesar da demora, a promotoria de Laranjal do Jari tem se mostrado interessada em solucionar o caso. Porém, segundo ele, a empresa Jari Celulose continua em atividade normal, sem ter sido autuada ou notificada. A denúncia foi feita em 2001 pelo então prefeito de Vitória do Jari, Adelson Ferreira, que afirmou estarem sendo registrados vários casos de pessoas vítimas de contaminação, devido ao despejo de efluentes químicos e gasosos no local.
Na época, a empresa se comprometeu em instalar filtros nas chaminés e queimadores de gases, num investimento de U$ 6 milhões de dólares. No entanto, segundo Mamede, até agora nada foi cumprido.
O deputado Manoel Mandi (PV), que também denunciou a situação, disse que é preciso tratar o assunto de maneira bastante responsável, contando com o apoio de órgãos como a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
O conselheiro Mamede Leal disse estar aguardando um posicionamento do Ministério Público, quanto a uma solução dos problemas pelos quais os moradores do bairro Santa Clara, na cidade de Vitória do Jari, vêm passando.
(Diário do Amapá, 03/03/06)