Tomam forma os eventos paralelos da COP 8
2006-03-06
Diante das mudanças climáticas e da perda acelerada de espécies vivas e de comunidades humanas, a oitava conferência mundial da biodiversidade (COP 8) começa no dia 13 em Curitiba com o encontro sobre biossegurança e nos dias 19 a 31 de março com todos os temas, como repartição de benefícios, áreas protegidas e outros. Um grande espaço vai abrigar o Forum Global da Sociedade Civil, liderado pelo FBOMS (veja a programação completa em www.fboms.org.br) - mas também já estão disponíveis os eventos paralelos oficiais, divulgados pelo secretariado da Convenção da Diversidade Biológica (ligado às Nações Unidas). E um grande acampamento também está organizado pelo movimento Via Campesina.
Esse acampamento e seus eventos terão como sede o Parque Newton Freire, onde acontecerá também o Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), de 13 a 17 de março. Uma série de mobilizações deve ser realizada em outras partes da cidade. O objetivo do encontro da Via Campesina é discutir a biodiversidade na perspectiva dos movimentos sociais. Entre os pontos críticos da Convenção estão: a rotulagem dos transgênicos; a proteção contra contaminação de lavouras convencionais; a responsabilização por danos a saúde; a manutenção da moratória às tecnologias de restrição de uso (GURTs); a proteção dos conhecimentos tradicionais das comunidades; e a criação e gestão de áreas no Plano Nacional de Áreas Protegidas, tema da reunião extraordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), nos dias 16 e 17 de março, no Museu Oscar Niemayer. Durante consulta pública realizada entre 11 de janeiro e 9 de fevereiro, ficou clara a preocupação da sociedade civil, dos movimentos sociais, das instituições de pesquisa e ONGs quanto a falta de um diagnóstico mais profundo, além da necessidade de um maior destaque para as terras indígenas e territórios quilombolas.
Nos eventos paralelos oficiais estão contempladas diversas iniciativas internacionais e também uma ampla gama de ONGs internacionais, empresas de biotecnologia, projetos de pesquisa e outras. A lista não inclui as reuniões paralelas dos próprios governos, como os ministros da OTCA.
(GTA - Grupo de Trabalho Amazônico, 05/03/06)