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2006-03-03
A América Latina possui ampla disponibilidade de energia relativamente barata. A região tem 10% do petróleo mundial, 4,3% do gás natural, 1,6% do carvão e 22,7% da potência hidráulica mundial. Isso constitui uma das vantagens para a integração dos países do continente, como avalia o presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Mundial da Energia, Norberto de Franco Medeiros.

"Portanto, temos recursos que, se integrados corretamente, permitirão o crescimento de nossas economias e um melhor padrão de vida para nossas populações. Boa parte dessa energia não está sendo utilizada", disse Medeiros, que também é vice-presidente do Conselho para a América Latina e Caribe.

O presidente do comitê brasileiro afirmou que vários projetos conjuntos estão sendo desenvolvidos na região latino-americana e caribenha, mas considerou que isso ainda é pouco para consolidar a integração dos países do continente. Salientou a necessidade de se estabelecer uma política de integração que seja coerente com as políticas energéticas de cada país, levando em conta que a América Latina dispõe de condições excepcionais de construção de um sistema energético de baixo custo e elevada segurança.

A integração energética da América Latina e do Caribe não é um sonho distante. Sua efetivação está atrelada à realização de projetos como o gasoduto ligando a Venezuela, Brasil e Argentina, orçado em cerca de US$ 25 bilhões. Medeiros destacou também a ligação entre a Bolívia e o Brasil através dos rios Madeira e Amazonas, com a construção de duas usinas hidrelétricas de 3,3 mil megawatts e de 3,150 mil megawatts, que podem resultar na produção de uma "energia competitiva e barata".

Pesquisador sugere modelo europeu de integração energética para América Latina
O presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Mundial da Energia, Norberto de Franco Medeiros, avalia que a integração energética da América Latina poderia formar um mercado regional, que poderia abranger petróleo e combustíveis, eletricidade e gás natural, e incentivar o relacionamento comercial e políticos dos países. Medeiros lembra que um processo semelhante ocorreu na Europa, onde a Comissão Econômica para o Carvão e o Aço, criada há 60 anos, veio a se transformar na União Européia.

"A integração dos países latinos e do Caribe é muito importante para o nosso futuro. A infra-estrutura energética pode ser o caminho para agilizar a nossa integração. Foi assim na Europa", diz. Medeiros acredita que o estudo que será iniciado agora por orientação do CME para a integração energética da América Latina e do Caribe vai dar oportunidade de se conhecer melhor as potencialidades da região. O estudo, que deverá ser concluído em 2008, deverá "formar um arcabouço jurídico-institucional que permitiria aos países envolvidos operar segundo um paradigma de integração energética regional".

A integração energética da América Latina e do Caribe não é um sonho distante. Sua efetivação está atrelada à realização de projetos como o gasoduto ligando a Venezuela, Brasil e Argentina, orçado em cerca de US$ 25 bilhões. Medeiros destacou também a ligação entre a Bolívia e o Brasil através dos rios Madeira e Amazonas, com a construção de duas usinas hidrelétricas de 3,3 mil megawatts e de 3,150 mil megawatts, que podem resultar na produção de uma "energia competitiva e barata".

O executivo, que já foi presidente de Furnas Centrais Elétricas, salientou que essas duas usinas e as eclusas que serão construídas abrirão um caminho da Bolívia para o oceano Atlântico, contribuindo para a integração latino-americana. Medeiros ressaltou ainda que "se nós continuarmos fazendo alguns projetos que existem na Bolívia, nós vamos sair no oceano Pacífico, o que diminui a distancia do Brasil para a China, por exemplo".

Comitê faz simulações sobre o futuro das fontes de energia no Brasil
O Brasil possui uma matriz energética limpa, da qual 43,6% são recursos renováveis, contra 13,6% de outros países do mundo, em média, e apenas 6% dos países desenvolvidos. Em 2004, 75% da energia elétrica brasileira foi de origem hidráulica, e a gasolina do país tinha 25% de álcool combustível. Esse panorama foi traçado pelo Comitê Brasileiro do Conselho Mundial de Energia, entidade que engloba produtores, consumidores e pesquisadores para debater o uso sustentável do setor.

O comitê já elaborou projeções sobre a oferta de energia para as próximas duas décadas. A simulação leva em conta as reservas existentes de petróleo, gás natural, potencial hídrico e nuclear. A participação de eletricidade na demanda final de energia que, em 2002, foi de 16% deverá atingir 20% em 2030. A oferta líquida de gás natural, que alcançou 5,2% de toda a oferta de energia primária em 2002, deve atingir até 2030 cerca de 11,2%. O comitê estima que a participação do carvão como energia primária ficará estável, elevando-se de 6,6% em 202 para 7,4% em 2030.

Em relação à energia nuclear, a expectativa é que se chegue a 10,4% da eletricidade gerada em 2030, abaixo da média mundial. Em 2002, após a entrada em funcionamento de Angra 2, essa porcentagem foi de 3,7%. Segundo as projeções do comitê, haverá ampliação da utilização energia nuclear e do gás natural na geração de eletricidade. Com isso, a participação da hidreletricidade na geração de energia elétrica brasileira deverá sofrer redução, passando de 83% em 2002, para 67% em 2030.

As reservas brasileiras incluem 11,2 bilhões de barris de petróleo e 326,1 bilhões de metros cúbicos de reservas de óleo e gás. Neste ano, esse potencial dará ao Brasil a autosuficiência na produção de petróleo. O potencial hidráulico do país é de 260 gigawatts (GW), dos quais somente 35% foram até agora aproveitados, disse o presidente do Comitê Brasileiro, Norberto Medeiros. As previsões feitas pela entidade indicam ainda que haverá aumento da participação da energia importada para 42%, em 2030, contra 28% em 2002.
(Radiobras, 02/03/06)

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