Mancha de óleo muda a água do Rio Jacuí
2006-03-03
O 2º Grupo de Polícia Ambiental (2º GPA) de Cachoeira do Sul flagrou ontem à tarde o vazamento de óleo diesel de uma bomba de irrigação flutuante instalada no Rio Jacuí, na localidade de Passo do Seringa. Após receber uma denúncia anônima por telefone, o comandante do 2º GPA, sargento César Gilberto Kowalski, e o soldado Gilberto Morais deslocaram-se até o Rio Jacuí, onde constataram uma mancha de óleo na água próximo à Barragem do Fandango.
Usando uma embarcação, os policiais começaram a percorrer o Jacuí para identificar a origem do óleo. Ainda não se sabe qual o tipo de dano que o óleo pode ter causado ao meio ambiente. Tecnicamente, sabe-se que uma gota de óleo contamina 25 litros de água.
Navegando por uma extensão de cerca de seis quilômetros, os policiais constataram várias manchas do combustível nas duas margens e em pontos isolados no meio do rio. Após várias abordagens a embarcações, o sargento Gilberto e o soldado Roberto chegaram até a bomba de irrigação.
Dentro da estrutura que sustenta o motor na superfície do rio, os policiais constataram que havia cerca de 50 litros de óleo misturados à água. Ao balançar a estrutura, o sargento Gilberto constatou que havia vazamento de óleo. No local, estava o responsável pelo funcionamento da bomba, João Emílio Moraes, que alegou desconhecer o vazamento.
Após se informar por Moraes sobre o problema, o sargento Gilberto solicitou a licença de operação da bomba, mas o funcionário alegou que não tinha o documento à disposição. Moraes disse aos policiais que o documento deveria estar com seu patrão, Giovani Sari. Porém, ele não se encontrava no local no momento. De acordo com o sargento Gilberto, foi feito um boletim de ocorrência por crime ambiental que será encaminhado ao Ministério Público, responsável por tomar as medidas judiciais necessárias.
O 2ª GPA ainda fez um termo de embargo e suspensão da bomba de irrigação até que a licença de operação seja apresentada. No final da tarde, o sargento Gilberto comunicou a Fepam, que hoje deverá encaminhar um fiscal a Cachoeira para analisar o vazamento de óleo.
(Robson Neves/Jornal do Povo, 03/03/06)