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2006-02-24
A Petrobrás ganhou duas das três áreas de exploração petrolífera postas em concurso público pela Turquia, anunciou na quinta-feira (23/02/06) a empresa estatal brasileira. O concurso público foi realizado pela companhia estatal de petróleo Türkye Petroller Anon m Ortaklidi (TPAO) para exploração de áreas localizadas em águas profundas no Mar Negro. "A Petrobrás e a TPAO vão iniciar em breve a etapa de negociação de toda a documentação contratual, garantindo a participação da companhia brasileira, meio-a-meio, na exploração e produção dos blocos 3920 (Kirklarelli) e 3922 (Sinop)", refere a empresa em comunicado.

As duas áreas são as que apresentam as melhores perspectivas geológicas, segundo estudos da equipa técnica da Petrobras. A área Kirklarelli, localizada no Oeste do sector turco do Mar Negro, encontra-se em uma profundidade de água média de 1.200 metros. Já a área Sinop localiza-se na parte oriental e tem uma profundidade de água média de 2.200 metros. "A região turca do Mar Negro é ainda bastante inexplorada, apresentando alto risco, mas perspectivas de alto prémio", salienta o comunicado.

O texto realça igualmente que a Turquia é um país cercado por importantes bacias produtoras e seu território é cortado por uma grande rede de óleo é gás que abastecem a Europa. "A entrada da Petrobras na Turquia está em linha com o planeamento estratégico da companhia de trabalhar como uma empresa integrada de energia, com expansão selectiva de suas actividades internacionais", diz o comunicado. As empresas inglesa British Petroleum (BP),norte- americana Exxon Mobil e francesa Total também participaram do concurso público vencido pela Petrobras.

A estatal brasileira anunciou o aumento de seus investimentos em 47,8 por cento para 38 mil milhões de reais (15 mil milhões de euros) este ano, em relação a 2005. Na semana passada, a Petrobras, parceira da Galp Energia na exploração de blocos petrolíferos no Brasil, anunciou um lucro recorde de 23,7 mil milhões de reais (9,4 mil milhões de euros), no ano passado, 40 por cento mais do que em 2004.
(Lusa, 23/02/06)
http://noticias.uol.com.br/ultnot/lusa/2006/02/23/ult611u70691.jhtm

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