(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-02-24
Uma pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pode representar novas possibilidades para os produtores da Metade Sul. O núcleo de Pecuária Sul, sediado em Bagé, está trabalhando nos sistemas silvipastoris para identificar espécies forrageiras adaptáveis a áreas sombreadas com acácia negra ou eucaliptos.

Segundo o pesquisador responsável, Alexandre Varella, a idéia é integrar a cultura mais tradicional da região com os novos investimentos em produção florestal.

- A vocação pecuária da Metade Sul não pode ser negada, nem substituída pela atividade florestal. Propomos a integração, mostrando para os produtores que as duas atividades podem ser complementares - diz o engenheiro agrônomo.

A pesquisa, iniciada em julho do ano passado, está trabalhando com cerca de 30 acessos de espécies nativas, plantadas em estufas na própria sede da Embrapa. As plantas são submetidas a 50% e 80% de sombra artificial, por meio do uso de cobertura por sombrites, e o crescimento é comparado com as criadas sob luminosidade total. Também está sendo analisada a produção de forragem, o valor nutritivo e a suscetibilidade a pragas e doenças. A partir de 2007, Varella pretende levar as espécies para ambientes que conjuguem a florestas com ovinos e bovinos de corte e leite.

Até agora, os resultados da pesquisa estão satisfazendo as expectativas. Varella explica que o consórcio das duas atividades não afeta tanto o ecossistema como a monocultura.

- A cultural florestal vai agregar valor à produção rural. Mas trabalhamos com um espaçamento maior entre as árvores, algo em torno de cinco a seis metros. Com isso, se o produtor quiser desistir da floresta, é só cortar as árvores que a atividade pastoril está preservada - explica Varella.

O produtor Nicanor Muñoz Médici, 42 anos, proprietário da Fazenda Acácias, atesta os bons resultados do consórcio. Pela necessidade de ampliar os resultados da fazenda, os cerca de 200 bovinos da fazenda de terminação passaram a conviver com uma densa floresta de 720 hectares de acácias negras. Já no terceiro ano da floresta, as mudas, que têm espaçamento médio de três metros, estão variando de seis a sete metros de altura. E Médici considera que a integração só aumenta o perfil de exploração do solo.

- Em pouco tempo a integração já vai ser uma realidade. É a chegada do desenvolvimento e uma boa alternativa para os produtores. As duas atividades se somam, uma não elimina a outra - destaca o produtor.

Segundo o pesquisador, como a região da Campanha tem estiagens freqüentes, o sombreamento proporcionado pelas florestas permite o crescimento das forrageiras tanto no verão quente e seco, porque reduz a perda de água do solo, como também no inverno rigoroso, pela proteção contra as geadas. Além de ser uma segurança contra os processos de erosão do solo. Outra vantagem do consórcio é que como as florestas tem um retorno de médio a longo prazo, variando de sete a 15 anos, a pecuária sustenta o propriedade até que a floresta entre em produção.

O presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais, Roque Justen, ressalta que a entidade não só apóia os consórcios de produção florestal com outras culturas, como incentiva as empresas a oferecerem apoio técnico para os produtores interessados.

- O sistema florestal gaúcho tem mais de 70 anos. Só na produção de acácia são mais de 50 mil famílias envolvidas. E há espaço na indústria de celulose, moveleira, construção civil e até na própria fazenda - acrescenta.

Para Justen, os projetos integrados podem ser aplicáveis em propriedades rurais de todos os portes.
(ZH, 24/02/06)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -