GERAÇÃO CASEIRA É RENTÁVEL MAS AINDA É DEPENDENTE DO SISTEMA PÚBLICO
2001-09-25
Na célula solar, há conversão direta de energia em eletricidade, é um efeito eletrônico. É necessário haver semicondutores para isto. Eles são de silicone e têm capacidade de absorver luz, dando uma resposta direta em produção de eletricidade. Essas células são semelhantes a chips de computadores, mas são muito maiores. E quando o sol se vai, a produção de eletricidade também se vai, afirma Heidler. O problema, segundo ele, é quando não existe como armazenar energia. Se a casa não estivesse conectada ao sistema público de energia, seria um problema, realmente, enfatiza. Conforme o físico, atualmente, 2 bilhões de pessoas no mundo todo não estão conectadas a sistemas públicos de energia, por isto não podem usufruir desse tipo de troca energética. Quando usam células solares, elas têm que converter a energia fotovoltáica em calor, para uso direto, ou então armazená-la em baterias, para depois utilizar. Mas aqui na Alemanha, por exemplo, nós estamos conectados à rede pública de energia para captar e enviar energia, assim, sempre que uma casa precisa receber energia ela o faz pelo acesso ao sistema público, e quando quer enviar a energia que produz, ela também pode, detalha. Heidler explica que existe diferença entre produzir energia, produzir apenas calor e produzir eletricidade a partir do sol. Se você quer produzir apenas calor, você só precisa ter algo escuro, um painel. Mas você pode usar absorvedores, lâminas de vidro, colocando-as em torno do coletor, e essas lâminas são chamadas absorvedores da radicação do sol. Segundo ele, 90% da energia solar é aproveitada dessa maneira, como efeito estufa. Essa energia, diz o fisico, pode ser usada para aquecer água para o banho, para lavar pratos etc. Vinte metros quadrados de coletores, de acordo com ele, possibilitam uma geração de 2 quilowatts de energia. O ganho que se tem com a venda de energia das casas ao sistema público é significativo. Heidler considera um investimento. Segundo ele, cada fornecedor doméstico chega a ganhar cinco vezes mais do que paga pela energia que consome. O sistema público paga 1 marco por quilowatt que recebe dos fornecedores domésticos e, em troca, eles podem dispor de energia pagando 0,20 pffenigs, ou centavos de marco, pelo mesmo quilowatt.