CMI afirma que desarmamento nuclear e proteção da água são prioridades
2006-02-23
A proteção da água como símbolo de vida e elemento vital para a sobrevivência humana e o desarmamento nuclear foram as duas primeiras linhas de atuação definidas na 9ª Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), que termina hoje. Na declaração sobre a água para a vida, os delegados lembram que o líquido foi descrito na Bíblia como "expressão da graça de Deus". Eles também aprovaram a nota sobre a eliminação das armas nucleares, de forma que as igrejas-membro do CMI deverão pressionar os governos para acabar com esse tipo de armamento.
Os delegados ainda estarão reunidos ao longo do dia na PUCRS para definir as outras duas diretrizes de atuação do CMI nos próximos sete anos, período de intervalo entre as assembléias. As linhas mestras são uma direção política para as igrejas, ajudando-as a levar questões internacionais à atenção de seus governos, organizações intergovernamentais e outras estruturas políticas importantes.
Ontem também foram votados os nomes dos presidentes para as seis regiões e duas famílias confessionais que compõem o CMI (América Latina e Caribe, Ásia, África, Europa, América do Norte, Pacífico, Ortodoxos do Leste e Ortodoxos Orientais), além dos 150 integrantes do Comitê Central. A reverenda Ofelia Ortega, da Igreja Presbiteriana Reformada em Cuba, será a presidente para a América Latina e Caribe, no lugar do bispo emérito da Igreja Metodista da Argentina, Federico Pagura. Também deve ser divulgada a mensagem final da assembléia. Hoje à noite, o novo comitê se reunirá para eleger o moderador e dois vice-moderadores. O secretário-geral do CMI, reverendo Samuel Kobia, permanece no cargo.
Para simbolizar a realização da 9ª Assembléia do CMI na PUCRS, em Porto Alegre, será plantada uma árvore - um ipê amarelo - em frente ao prédio 15. Também haverá o descerramento de uma placa. A solenidade ocorre às 14h15min e deve contar com a participação de reitor da PUCRS, Joaquim Clotet, de líderes de igrejas brasileiras, do CMI e dos três ex-secretários-gerais do conselho.
(CP, 23/02/06)