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2001-09-25
O Greenpeace lançou ontem campanha pública para conscientizar consumidores e promover a madeira certificada com o selo FSC (Forest Stewardship Council ou Conselho de Manejo Florestal). O alvo da campanha, que mostra animais amazônicos em móveis e tem como slogan - Não leve a casa deles para a sua -, são consumidores de produtos de madeira. - Queremos alertar o consumidor brasileiro que, ao comprar produtos de madeira, ele pode estar contribuindo para a destruição da floresta, disse Rebeca Lerer, da campanha da Amazônia do Greenpeace. Como parte do evento, será montado um ambiente com móveis de madeira certificada da loja Orro & Christensen, única fábrica paulista que tem a certificação FSC em todo seu processo de produção. O objetivo é mostrar que a madeira certificada é uma alternativa viável e que o mercado deve valorizar produtos de origem comprovadamente sustentável. Reconhecida mundialmente, a certificação do FSC é o instrumento que atesta que o artigo de origem florestal é produzido de acordo com rigorosos critérios ambientais e sociais, respeitando processos racionais de colheita florestal e compatíveis com a sustentabilidade do sistema. A campanha é o componente de mercado do trabalho que o Greenpeace está desenvolvendo há anos na Amazônia. Com uma base permanente em Manaus (AM), a organização vem denunciando a destruição da floresta amazônica pela atividade madeireira ilegal e predatória e promovendo um novo modelo de desenvolvimento para a região que combine sustentabilidade ambiental e melhorias sociais. Atualmente, o navio MV Arctic Sunrise está viajando pela região e realizando trabalhos de investigação e divulgação da campanha do Greenpeace junto à população amazônica. Uma das atividades é o apoio à auto-demarcação do território indígena Deni, uma área de cerca de 1,53 milhão de hectares localizada no vale dos rios Purus e Juruá, sudeste do Amazonas. Desde o dia 11 de setembro, o povo Deni está abrindo trilhas na floresta amazônica para demarcar fisicamente seu território tradicional e proteger suas terras da exploração comercial de empresas madeireiras, que têm interesse nos recursos naturais concentrados na área. Nos próximos dois meses, uma equipe de especialistas brasileiros do Greenpeace, CIMI (Conselho Indigenista Missionário) e OPAN (Operação Amazônia Nativa), e um time internacional composto por 12 voluntários estarão dando apoio logístico aos Deni nos trabalho de demarcação.

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