SECRETARIA MEDE SEDIMENTOS LANÇADOS NO RIO MADEIRA E AFLUENTES
2001-09-25
A Gerência do Meio Ambiente e Departamento de Fiscalização da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sedam) está medindo o volume de sedimentos lançados no rios Madeira, e seus afluentes Jamary, e Candeias em decorrência da derrubada de matas ciliares e exploração garimpeira. O fenômeno está colocando em risco a navegação na bacia hidrográfica do Madeira em território rondonense. Pela Hidrovia do Madeira devem ser transportados, neste ano, 1 milhão de toneladas de soja produzidas no Centro-Oeste em direção ao terminal Graneleiro de Itacoatiara, no Amazonas, de onde o produto é exportado para os mercados europeu e asiático. Para embasar esse estudo a Sedam pode até contratar uma empresa de geoprocessamento para comparar, por imagens de satélites, o tamanho da área de mata ciliar desmatada com os estudos de batimetria, represetação gráfica do relevo do leito do rio. Esses dois fatores seriam os causadores, em tese, dos atuais riscos de navegação no rio Madeira. O estudo, segundo o gerente de Meio Ambiente da Sedam, Reynaldo Soeiro, irá definir quais as causas do assoreamento do rio. O problema estaria sendo provocado pelo uso de dragas na exploração de ouro e na retirada de areia. - Em Porto Velho surgiu recentemente a praia do arroto, fruto da quantidade de sedimentos no Madeira, provavelmente provenientes do desmatamento desenfreado, principalmente das matas ciliares que protegem os rios e também da atividade garimpeira em décadas passadas, avalia Soeiro. O estudo deverá ser concluído em novembro próximo. (GM - AM)