Ibama dá licença a novo emissário submarino em Salvador
2006-02-23
O secretário de Desenvolvimento Urbano, Roberto Moussallem, considerou como um grande e importante avanço para implantação do segundo emissário submarino de Salvador, a aprovação, na semana passada, da licença prévia para execução da obra, concedida pelo Ibama. O emissário representará um investimento em torno de R$ 150 milhões para assegurar o crescimento da Capital, com a incorporação de áreas bacias não contempladas pelo Programa Bahia Azul, ao sistema de esgotamento sanitário operado pela Embasa.
O novo emissário submarino, que leva a denominação técnica de SDO Jaguaribe (Sistema de Disposição Oceânica do Jaguaribe), e atenderá a uma população estimada em 1,9 milhão de habitantes, será construído através de uma PPP (Parceria Público-Privada), cujo processo está em andamento. A proposta do governo baiano, inclusive, já foi apresentada ao empresariado baiano e nacional através da realização de dois Road Show, um em Salvador, na Federação das Indústrias, e outro em São Paulo, na sede da Abdib (Associação Brasileira das Indústrias de Base), atraindo grande interesse dos investidores.
Na apresentação do projeto, o secretário Roberto Moussallem justificou que o atual emissário submarino, localizado no Rio Vermelho, deverá ter sua capacidade esgotada em 2008. “Para atender ao crescimento da cidade e áreas ainda não contempladas com a rede de esgotamento sanitário, será necessária a construção desse novo equipamento, no trecho de Armação, o que assegurará a sustentabilidade de todo o sistema implantado até agora”, explicou.
Segundo o secretário, a Embasa continuará a cumprir todas as exigências ambientais para que o edital de concorrência pública seja lançado ainda neste primeiro semestre e a obra iniciada ainda este ano. Ele lembrou que graças ao Bahia Azul, o IBGE, através da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio) considera a RMS (Região Metropolitana de Salvador) como a mais bem saneada entre as 12 regiões similares do Norte/Nordeste.
De acordo com o projeto da Embasa, serão construídos uma ECP (Estação de Condicionamento prévio), uma estação elevatória, um emissário terrestre com 1.509 metros, executado pelo método não-destrutivo para evitar impactos ambientais e transtornos à cidade, e, finalmente, o emissário submarino com 3.648 metros, que lançará os esgotos a uma distância segura para que não retornem às praias e sejam absorvidos pelo oceano. Emissários submarinos são considerados internacionalmente os equipamentos mais adequados para os sistemas de saneamento de cidades litorâneas.
(Jornal da Mídia, 22/02/06)