Seis pessoas, entre madeireiros, empresários e engenheiros florestais, presos pela Polícia Federal durante a Operação Curupira I, em junho de 2005, devem deixar a prisão nas próximas horas.

No final da tarde de terça-feira (21), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, acatou recurso impetrado pelos advogados José Petan Toledo Pizza e Helder da Silva Luzardo.

Com isso, depois de oitos meses recolhidos na Polinter (Delegacia de Capturas) ganham a liberdade o empresário Dirceu Bevenutti, o ex-servidor do Ibama Marcos Pinto Gomes e os madeireiros Bruno Roberto de Carvalho, Wilson Antônio Rosseto, Moacir Eloi Corcceta Batista e Daniel Tenório Cavalcanti.

Todos esses acusados tiveram vários recursos negados em instâncias inferiores. Marcos Pinto, até então segundo homem na hierarquia do Ibama no estado antes da deflagração da Curupira, e o madereiro Bruno Roberto tiveram pedidos de habeas corpus negados no Tribunal Regional Federal (TRF), em Brasília, dois meses depois de serem presos em Cuiabá.

A Operação Curupira foi a maior já realizada pela Polícia Federal e Ministério Público em Mato Grosso. Articulada a partir de uma investigação interna no Ibama, resultou na prisão de aproximadamente 200 pessoas. A operação resultou na extinção da antiga Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fema).
(Diário de Cuiabá, 22/02/06)