Poder Executivo da UE rejeita plano de emissões da Grã-Bretanha
2006-02-23
A Comissão Européia (Poder Executivo da União Européia) rejeitou na quarta-feira (22/02) os planos apresentados pela Grã-Bretanha para aumentar a quantidade de poluentes que a indústria pesada pode jogar no meio ambiente segundo um esquema de compra e venda de cotas de emissão. A Comissão disse ter rejeitado a proposta de alteração por motivos procedimentais. "Hoje, a Comissão Européia tomou a decisão de rejeitar o pedido da Grã-Bretanha por uma cota maior de emissão de gás carbônico para empresas britânicas no período de 2005 a 2007", afirmou o órgão.
Previa-se que o pedido fosse rejeitado já que a Comissão tinha criticado o governo britânico por apresentar a proposta de alteração depois do prazo estipulado. O revés para a Grã-Bretanha acontece no momento em que o governo discute os níveis de emissão de gás carbônico que irá impor à indústria durante a segunda fase do esquema de compra e venda de cotas de emissão (2008-2012).
Os países-membros da UE precisam apresentar seus planos de emissão para o segundo período até 30 de junho. A proposta da Grã-Bretanha incluía um aumento nos níveis de emissão de gás carbônico em cerca de 20 milhões de toneladas, disse a Comissão em um comunicado. O governo britânico não se manifestou ainda sobre a decisão de quarta-feira do órgão.
O setor energético da Grã-Bretanha, que se depara com limites restritivos, afirmou ter ficado desapontado com a decisão da Comissão e que procuraria formas de contestá-la. "Estamos extremamente desapontados. Vamos analisar quais medidas podemos tomar agora", disse David Porter, diretor executivo da Associação de Produtores de Eletricidade. Segundo Porter, a decisão da Comissão custaria ao setor energético 350 milhões de libras (609,8 milhões de dólares) por ano já que as empresas teriam de comprar cotas extras de emissão de gás carbônico.
(Reuters, 22/02/06)
http://noticias.uol.com.br/ultnot/internacional/2006/02/22/ult27u54087.jhtm