Projeto estimula conscientização ambiental de trabalhadores rurais
2006-02-22
"O homem do campo dorme e acorda com a natureza, é o mais interessado em preservar", afirma o presidente do Sindicato Rural de Uberaba (MG), Rivaldo Machado Borges. O sindicato lançou nesta segunda-feira (20/02) o projeto Amigo do Campo, de conscientização ambiental dos trabalhadores. A cultura de conservação do ambiente em todos o sentidos, desde a preservação dos mananciais até a coleta seletiva, será estimulada por meio de cartilhas e da discussão na sala de aula. Também serão instaladas lixeiras para a separação do material reciclável nas escolas. O material será recolhido pela prefeitura e a renda será utilizada na compra de material escolar.
A parceria com o Sebrae, a Secretaria de Educação do Município e quatro empresas privadas reuniu os recursos da ordem de R$ 110 mil para a campanha, que atingirá as 13 escolas rurais e 1,2 mil crianças de Uberaba. "Queríamos trazer essa concientização para a sala de aula porque é uma formação que nós não tivemos e as próximas gerações precisam ter", diz Borges.
Foi criado um mascote, batizado com o nome de uma fruta típica do cerrado. O "Zé Gabiroba" terá gibi, camiseta e boné. Durante os seis meses de implantação também serão instalados outdoors nas estradas vicinais do município para conscientizar o restante das famílias. "Futuramente queremos instalar locais de coleta nos entroncamentos das estradas para que as famílias rurais tenham seu lixo recolhido", explica o presidente do Sindicato Rural.
A iniciativa faz parte do projeto de estruturação da horticultura realizado pelo Sebrae em parceria com o Sindicato Rural de Uberaba. O objetivo é organizar as comunidades e fortalecer associações para garantir a produção e comercialização dos produtos com tecnologias adequadas e respeito ao meio ambiente. "É uma forma de gerar ocupação nas pequenas comunidades rurais", afirma a técnica do Sebrae na região Andréa Lima.
São cerca de três mil famílias em 13 comunidades. "Antes a produção não era ordenada e orientada para a venda. Com o projeto fizemos sondangens sobre o que teria mais aceitação no mercado e aplicamos as tecnologias apropriadas", explica Andréa.
Por Eliza Caetano, Agência Sebrae