O prefeito de Canguçu, Cássio Motta, e o presidente da Câmara de Vereadores local, Aílton de Melo, encaminharam ao Ministério Público pedido para que seja requerida à Justiça a retenção de 75% do valor das contas de água recebido pela Corsan no município. A intenção é garantir os recursos necessários à construção da barragem emergencial e da adutora do arroio Pantanoso.

Orçada em R$ 3 milhões, a obra é vista como única alternativa para acabar com o racionamento que a cidade sofre desde a semana passada. Toda a documentação necessária para embasar a possível ação civil pública já foi entregue ao MP. Conforme Motta, o total de R$ 1,6 milhão, que tem a obra como destino, teve a liberação aprovada pela Consulta Popular de 2005.

Garantir o restante do dinheiro seria o objetivo da ação judicial. "A situação é crítica e precisamos de solução urgente", justifica. A obra teria, porém, caráter emergencial, pois a construção da barragem definitiva estaria orçada pela Corsan em R$ 13 milhões. A expectativa do Executivo e do Legislativo é contar com resposta do Ministério Público até o fim da semana. Ontem, a Defesa Civil concluiu a vistoria no interior do município, que decretou situação de emergência na segunda-feira passada.
(CP, 22/02/06)