Embora Porto Alegre não tenha um serviço de controle da população de pombos, as doenças relacionadas à ave tampouco são numerosas na cidade, conforme a equipe de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo a bióloga Maria Inês Bello, o risco de transmissão de doenças é baixo, o principal problema mesmo é a sujeira causada pelo acúmulo de fezes. No Setor de Zoonoses, a maioria das reclamações registradas é de moradores do Centro. Maria Inês alerta, porém, que a SMS não dispõe de equipe para remover ninhos e ovos.

O pombo, apesar de ter a imagem associada à paz e ao amor, pode causar riscos à saúde. Em contato com umidade e em locais pouco iluminados, o acúmulo de fezes produz fungos e, posteriormente, poeira, que, aspirada, pode provocar problemas respiratórios e digestivos, micoses e reações alérgicas. Para evitar a proliferação das aves, a especialista recomenda a destruição de ovos e ninhos e a colocação de barreiras artificiais para impedir a utilização de sacadas e parapeitos de prédios como abrigo. Na limpeza de locais que apresentem fezes, restos de ninhos, ovos e penas, deve-se usar luvas e máscara ou pano úmido sobre o nariz e a boca. Nas ruas, é importante não alimentar essas aves.
(CP, 20/02/06)