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2006-02-21
Aliar desenvolvimento econômico à conservação ambiental é um desafio recorrente nos meios acadêmicos e nos poderes públicos. Em Minas Gerais, onde a mineração ainda é responsável por grande parte da economia do estado, ambientalistas protestam contra a atividade, defendendo outras alternativas como geradoras de renda.

A melhor expressão deste dilema está no movimento popular SOS Serra da Piedade, criado em 2001 após uma audiência pública por solicitação da Câmara de Vereadores e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental - Codema. Na ocasião, uma empresa mineradora solicitava novas licenças para exploração de minério de ferro no local. Desde então, foram várias as conquistas, como a regulamentação do tombamento constitucional da Serra da Piedade, mas a entidade ainda luta para que a exploração não prejudique o meio ambiente.

O topógrafo Wanderlei José Pinheiro, um dos coordenadores do SOS Serra da Piedade, que representa o movimento artístico ambiental de Caeté, conta que a ameaça do avanço da mineração sobre a área motivou a criação do movimento. Segundo ele, a Serra da Piedade é um patrimônio de grande biodiversidade, com remanescentes de Mata Atlântica.

“É difícil enfrentar o poder econômico”, diz, explicando que o município de Caeté está inserido no Quadrilátero Ferrífero. “A maior parte do PIB de Minas Gerais está ligado à mineração”. Apesar das vitórias que definiram limites na área de exploração, visando a preservar o local, uma mineradora na face norte da Serra continuaria atuando, de acordo com ele.

Pinheiro acredita que a cidade possui um potencial diferente a ser explorado, que não a mineração. “Caeté poderia ser inserida em um contexto de desenvolvimento sustentável e ecoturismo”, diz, apontando que foi gerada uma grande degradação, deixando um grave passivo. “A perda ambiental é muito maior do que a econômica”, afirma, sugerindo a inversão no potencial da cidade.

O movimento defende a exploração do potencial turístico do município devido a suas características naturais, climáticas, históricas, culturais e religiosas, além da proximidade com a capital mineira, Belo Horizonte, a cerca de 50 km e um dos mais importantes pólos de turismo de negócios do país.

Ele ainda argumenta que a exploração mineral tem prazo de validade. "Em vinte anos ela termina”. Já os potenciais turístico e ambiental são perenes, isto se a degradação for freada.

Desde janeiro, uma empresa que atua no local está impedida de explorar o minério na serra. Mas, segundo Pinheiro, apesar da decisão judicial, ela estaria dando continuidade à retirada. O descumprimento da decisão, proferida pela juíza Angela Maria Catão Alves, prevê a suspensão de qualquer atividade de exploração minerária e o pagamento de uma multa diária no valor de R$ 100 mil, a contar da data em que a liminar passou a vigorar, em janeiro.

A assessoria de imprensa da empresa afirma, porém, que, desde o dia 18 de janeiro, os trabalhos foram interrompidos, cumprindo rigorosamente a determinação da liminar. Somente movimentos de manutenção estariam sendo realizados, e não de exploração.
(AmbienteBrasil, 20/02/06)

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