A necessidade de economizar energia, fez com que paulistanos economizassem o consumo de água na Grande São Paulo, que caiu 7,5%. Mas, apesar disso, o risco de um bug hídrico persiste, no médio prazo. Os reservatórios da região metropolitana estão com menos de 45% da capacidade. Diante da iminência de um racionamento, empresas de vários setores já estão buscando alternativas, como perfuração de poços, instalação de sistemas de reciclagem e investimentos em armazenamento. Grandes consumidores como a distribuidora de leite Vigor, a fábrica de biscoitos Piraquê, as cervejas Kaiser e Bavaria e empresas como Phillips, Kodak, Companhia Siderúrgica Nacional e Usiminas estão investindo em garantia de suprimento e reciclagem da água. Outro exemplo é com a engarrafadora da coca-cola, que retira 270.000 litros de água por hora da rede pública na planta de Jundiaí, no interior de São Paulo. Para diminuir o risco de racionamento, a empresa está investindo 2 milhões de dólares na abertura de poços em seu terreno. Dois terços da água captada são convertidos em refrigerante e o restante é devolvido à natureza. Antes, porém, o líquido é reciclado e usado em lavagem de cascos de garrafas, limpeza e jardinagem. (Exame/52, 05/09)