Conversões para GNV caem 18,8% em janeiro
2006-02-15
As conversões de motores para uso de Gás Natural Veicular (GNV) apresentaram queda de 18,8% em janeiro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. No primeiro mês de 2004, foram realizadas 712 conversões no Estado, contra 578 registradas em janeiro de 2005.
Apesar de menor, o resultado é considerado positivo pelo secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres. “No ano passado, tivemos um movimento atípico no número de conversões, devido à inauguração do abastecimento de GNV em um posto de Osório (RS) e de um outro em Tubarão (SC), influenciando positivamente os motoristas”, explica, acrescentando que em janeiro de 2004, por exemplo, foram feitas 263 conversões. “Por isso o número alcançado no mês passado deve ser comemorado pelo setor”, diz Andres.
O novo presidente da Ascongás, Denis de Fraga, concorda com o secretário. “Os meses de verão são sempre os piores. Em abril é que o mercado volta a reagir”, explica. Fraga considera que o aumento do álcool (o reajuste já acumula 9% no ano) foi o principal motivo que levou os motoristas a continuarem aposto no GNV.
“Uma prova de que o mercado de GNV continua aquecido no Estado é o recorde de venda batido no último feriadão pelo posto de Osório, quando foram vendidos 9,5 mil metros cúbicos”, informa. A média mensal de venda geralmente não ultrapassa os 4 mil metros cúbicos num final de semana.
As conversões de motores para uso de Gás Natural Veicular (GNV) aumentaram 33,4% em 2005 em comparação com 2004. O preço de conversão dos veículos varia de R$ 2,8 mil a R$ 4 mil. A economia proporcionada pelo GNV em relação à gasolina pode atingir até 70% por quilômetro rodado. “O álcool, que antes era a principal alternativa econômica aos motoristas, está perdendo espaço para o GNV”, salienta Fraga.
Atualmente, o Brasil possui 1.052 milhões de veículos movidos à GNV – 34 mil estão no Rio Grande do Sul. A estimativa é atingir 2 milhões de veículos em 2010.
(Gazeta do Sul/Secretaria de Energia, Minas e Comunicações, 15/02/06)