DEP começa a limpeza do Sanga da Morte
2006-02-15
Utilizados como depósito de lixo, os arroios de Porto Alegre têm agravado problemas como os alagamentos e a poluição do Guaíba, além de contribuir para a proliferação de insetos e doenças. Ontem, o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) começou a limpeza do Sanga da Morte, entre a avenida Chuí e a foz do Cavalhada, na zona Sul. O trabalho envolve retroescavadeiras e a coleta manual de resíduos.
A limpeza do Sanga da Morte, com 3,3 quilômetros de extensão, deve terminar até sexta-feira, enquanto a desobstrução da foz do Cavalhada será concluída hoje. "O problema de todos os arroios é o mesmo: a colocação de lixo e de esgoto cloacal", afirmou a coordenadora de Educação Ambiental do DEP, bióloga Cristina Bernardes.
Além de retirar os resíduos, o DEP tenta agir na origem do problema, realizando um trabalho de conscientização, principalmente com crianças e adolescentes. "Trabalhamos nas escolas, com atividades como palestras, vídeos e saídas a campo, para sensibilizar as crianças que normalmente se mostram abertas a novos hábitos", destacou a bióloga.
No ano passado, duas limpezas no Sanga da Morte resultaram na retirada de oito caçambas de lixo, em uma extensão de 800 metros. Em arroios maiores, como o Cavalhada, a manutenção ocorre a cada três meses. "É importante que a população entenda que a água dos arroios vai para o Guaíba, que é de onde retiramos a água que nos mantém. Poluir os arroios é o mesmo que utilizar o Guaíba como depósito de lixo", ressaltou Cristina.
(CP, 15/02/06)