Funcionários da Fatma presos na sexta voltam ao trabalho
2006-02-15
Os quatro funcionários da Fatma no Planalto Norte catarinense presos na sexta-feira voltaram, segunda-feira (13) ao trabalho na sede de Canoinhas, no Planalto Norte. Eles foram liberados no sábado à noite, depois de prestarem depoimento na sede da Polícia Federal (PF) em Florianópolis.
O grupo passou a ser suspeito de conceder licenças para corte ilegal de árvores nativas depois que aproximadamente 200 pontos de desmatamento em áreas de preservação teriam sido identificados pelo Ibama por imagens aéreas. Ontem, o coordenador da Fatma Régines Roeder, um dos quatro presos, disse que as suspeitas são falsas.
– Estão levantando suspeitas de ilegalidade que não procedem e isso se deve a uma briga de poder entre a Fatma e o Ibama – disse Roeder.
O coordenador afirmou que as divergências entre os dois órgãos na região começaram há dois anos, quando a Fatma (subordinada ao governo do Estado) concedeu licença de corte de vegetação para a implantação de uma agroindústria.
O Ibama (órgão federal) tentou embargar, mas a Fatma ganhou as ações na Justiça e a empresa está funcionando. O pedido de prisão ocorreu após identificação de 200 pontos de corte ilegal de madeira, supostamente autorizado pela Fatma.
– Não concedemos este número de licenciamentos em todo ano de 2005 e apenas três foram questionados pelo Ibama. Os pontos que aparecem nas imagens aéreas podem ser de cortes feitos sem autorização, de forma ilegal, e não temos controle sobre isso – disse Roeder.
Segundo ele, a liberação da prisão ocorreu depois que os outros três funcionários – Karoline Diloé, Rudi Oliveira e Cinézio Lepchack – prestaram depoimento que o inocentava.
(Diário Catarinense, 14/02/06)