Bagé está nas páginas da Revista Ibama
2006-02-14
Bagé está presente nas páginas da revista Ibama por ser uma das cidades que melhor representa o pampa gaúcho, suas características e riquezas.
A revista, que abre uma oportunidade para que a sociedade possa conhecer melhor o trabalho do instituto, faz a divulgação institucional que vai além das ações de comando e controle.
A finalidade última é favorecer o controle social das atividades do Ibama. A revista Ibama chegou para dos funcionários no início do mês, sendo também distribuída para pesquisadores, ONGs, universidades, centros de pesquisas e órgãos de meio ambiente. A revista é produzida pela assessoria de comunicação social e Edições Ibama.
A periodicidade ainda não foi definida, mas o Ibama pretende publicar seis edições no ano de 2006. Os editores querem apresentar questões ambientais e atividades realizadas pelo Ibama pouco conhecidas do público, como a produção de conhecimento, técnica e científica dos analistas ambientais a valorização socioambiental e os projetos educacionais.
A primeira edição traz, na reportagem de capa, o Centro Nacional de Pesquisas para a Conservação de Predadores Naturais que exporta conhecimento sobre manejo, pesquisa e conservação de onças, lobos-guará, ariranha e outras espécies. Na edição inaugural há também reportagem sobre os caminhos para o desenvolvimento sustentável na Serra da Capivara e uma entrevista com o jornalista Marcos Sá Corrêa.
A matéria de três páginas, intitulada “O rico e desconhecido Pampa”, foi escrita pelo jornalista Aldem Bourscheit, que esteve na cidade ano passado para colher as informações. O texto trás informações sobre o pampa, que ocupa pouco mais de 176 mil quilômetros quadrados no Brasil, mas se estende também pela Argentina e Uruguai, chegando a 700 mil quilômetros quadrados.
Destaca também que é uma das maiores regiões de campos do mundo e o único bioma brasileiro restrito a um estado, representando 63% da área do Rio Grande do Sul. As fotos, de Miguel von Behr, mostra a vegetação é dominada por gramíneas e arbustos, e, em alguns pontos, se avistam pequenas matas. Quanto à fauna, explica-se que xistem 102 espécies de mamíferos, 476 de aves e 50 de peixes. Abaixo do solo do Pampa está o Aqüífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce subterrânea do mundo, dividida entre Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai.
Entre as ameaças, o texto remete ao bioma, em que a expansão descontrolada da fronteira agrícola, a mineração, o sobrepastoreio, a extração de lenha, a invasão por espécies exóticas, o plantio de monoculturas e a caça.
(Francisco Bosco, O Minuano, 14/02/06)