Velha mina de caulim espera investimento
2006-02-14
O prefeito de Cachoeira do Sul, Marlon Santos, não está sozinho na luta contra o
desemprego em Cachoeira do Sul. O presidente da Câmara, Rubens Braga, em uma de
suas visitas ao interior, descobriu no Piquiri uma empresa de comércio de caulim
desativada há 14 anos e fez uma promessa. “A reativação desta beneficiadora de
caulim é meta na minha administração da Câmara”, anunciou o vereador Braga.
Empolgado com o número de empregos que eram gerados pela empresa, 15, o
presidente da Câmara está buscando clientes para Juvelino Melo, o proprietário.
“Estou divulgando o caulim do Piquiri no site da Câmara e pretendo fazer contatos
direto com compradores deste mineral”, acrescentou Rubens Braga.
Segundo a contabilidade de Juvelino Melo, sua propriedade no Piquiri possui mais
de 3 milhões de toneladas de caulim a serem exploradas. Ele também possui um
pavilhão e maquinário para o beneficiamento do mineral. “Para eu reativar a
empresa, só faltam os clientes”, resumiu Melo. Ele lembra que chegou a abastecer
com caulim indústrias das regiões de Butiá, Pelotas, Horizontina e Porto Alegre.
Na semana passada, Melo mandou uma amostra de 40 quilos do produto para uma
indústria de cerâmica de São Leopoldo, mas a encomenda ainda não foi efetuada.
O caulim é um minério argiloso, cujo principal componente é a caulinita. Apesar
de ser encontrado em abundância na natureza, suas reservas comerciais se
restringem ao Brasil, ao Reino Unido e aos Estados Unidos. É utilizado na
confecção de papel, tinta, borracha, artefatos plásticos, cerâmica e na indústria
saponífera. Uma tonelada de caulim pode ser vendida hoje por cerca de R$ 150,00.
(Jornal do Povo, 12/02/06)