Dono de uma lancheria no bairro São Geraldo, na zona norte da Capital, Luiz Menepuzzi já cansou de ouvir dos clientes a mesma reclamação: falta capina nas ruas. A impressão não é por acaso. Um pedido de revisão de contrato por parte das empresas que prestam serviços à prefeitura desacelerou o trabalho no final de 2005.

- Como comerciante, acabo recebendo as queixas. Em vias como a Buarque de Macedo, a Bahia e a Berlim, há crescimento desenfreado de mato, o lixo acumulado e insetos tomando conta - afirmou Menepuzzi.

A mesma queixa se repete em outras partes da cidade, admite o próprio Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). A origem do problema estaria na gestão dos contratos, no segundo semestre de 2005.

- Em setembro, as empresas que prestam o serviço ao DMLU solicitaram revisão de contrato. Essa pendência atrasou o trabalho de capina, mas não ficamos parados. Contratamos emergencialmente outras para prosseguirem o serviço - explicou o diretor-geral substituto do DMLU, Geraldo Luis Felippe.

Doze equipes fazem trabalho nos bairros
Associada a um verão chuvoso, com rápido crescimento da vegetação, a pendência contratual resultou no que moradores estão vendo em diferentes vias da cidade, afirma Felippe. A resposta, explica, foi o reforço em janeiro do número de equipes para capinar as ruas.

Além da capina das ruas, é prevista no trabalho a limpeza geral da via, com a remoção de lixo e de entulho eventualmente deixados no local.

Na última semana, informa o departamento, 10 regiões da cidade estavam recebendo o serviço de capina, roçada e varrição.

Para dar conta dos 85 bairros, o número de equipes do departamento passou de oito para 12.

São cerca de 25 funcionários em cada grupo, que contam com o auxílio de tratores. A cada mês, garante o DMLU, novas regiões de Porto Alegre receberão o serviço intensificado.

- E estamos montando o novo edital para garantir, na próxima licitação, que todos os trabalhos estejam previstos no contrato - afirmou Felippe.
(ZH, 13/02/06)