A Usina Eólica de Palmares do Sul, autorizada a produzir 8 MWh na ponta norte da Lagoa dos Patos, vai disputar a repescagem de potência no próximo leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica, em abril. O objetivo é obter autorização para instalar 25 cata-ventos de 2 MW e não apenas quatro, informa Alberto Martins da Costa Pinto, diretor da CIP, sócia brasileira da Ventos do Sul, a empresa responsável pelo empreendimento.

Costa Pinto acredita no sucesso de sua empreitada porque a Ventos do Sul é a única empresa energética a tocar um projeto eólico no Rio Grande do Sul — em Osório, onde estão sendo construídos 75 cata-ventos de 2 MW cada um. Os outros projetos eólicos gaúchos estão atrasados por problemas técnicos, financeiros ou ambientais, o que abre espaço para a leiloagem de potências não utilizadas dentro do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), do Ministério de Minas e Energia, que se dispõe a comprar 1.100 MW de energia eólica a partir de 2006.

Além de entrar na produção de energia eólica, o Rio Grande do Sul está engajado na construção de pequenas centrais hidrelétricas e de usinas de biomassa. Ao mesmo tempo, vem lutando para aumentar a participação das termelétricas a carvão mineral na matriz energética regional.
Por Geraldo Hasse, de Osório para O Diário dos Ventos, série exclusiva do Ambiente Já e Jornal Já – www.jornalja.com.br