PF caça empresário milionário de Cuiabá dentro da Operação Carbono
2006-02-13
A Polícia Federal de Mato Grosso cumpriu mandado de busca e apreensão no luxuoso Condomínio Bouganville, de um apartamento por andar, localizada na Avenida Rubens de Mendonça, em Cuiabá. A PF foi atrás do empresário Paulo Cavalcante Travem, de 38 anos, que está foragido.
Além do apartamento de Travem, investigadores da PF de Cuiabá ainda estão realizando busca e apreensão em mais três imóveis de propriedade do empresário do ramo de mineração e pedras preciosas, um dos negócios mais lucrativos do mundo. Outros dois imóveis em Cuiabá e um na cidade de Juína (Norte, a 800 km da Capital).
"Estamos com quatro mandados de busca e apreensão para serem cumpridos nos imóveis do empresário Paulo Travem, que também está com prisão preventiva decretada pela Justiça Federal de Minas Gerais. Só que ele conseguiu fugir”, afirmou uma fonte da PF em Cuiabá.
A Polícia Federal informou agora a pouco, que todas as informações, detalhes da “Operação Carbono” serão fornecidas à imprensa a partir das 15 horas de hoje, na sede da Superintendência, em Cuiabá.
Seis pessoas foram presas na manhã de sexta-feira (10) durante a “Operação Carbono” realizada pela Polícia Federal em Minas Gerais, Mato Grosso e Rio de Janeiro. Um dos suspeitos detidos é o superintendente do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) em Minas Gerais, Luiz Eduardo Machado de Castro.
A ação tem como objetivo combater o contrabando de pedras preciosas, principalmente diamantes, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, evasão de divisas e outros crimes. Também foram presos Leandro Márcio dos Santos, Viviane Albertina Santos, Patrícia Santos Pompeu Magalhães, Daniel Carneiro Pires e Mateus Ribeiro da Silva.
De acordo com a Polícia Federal, Mateus trabalha como contador do grupo e com ele foi apreendida uma mala com cerca de R$ 500 mil em pedras preciosas. Os policiais se queixam do vazamento de informações, o que teria possibilitado a fuga de três dos principais suspeitos, entre eles Luiz Carlos França Campelo, conhecido como “Califa”, suspeito de ser um dos líderes do esquema.
(24 Horas News, 10/02/06)