CEEE desiste da usina Foz de Chapecó
2006-02-13
A CEEE vai se desfazer da participação acionária que tem na hidrelétrica Foz do Chapecó, que será construída entre os municípios de Alpestre, no Estado, e Águas de Chapecó, em Santa Catarina, com capacidade para gerar 855MW de energia.
A estatal gaúcha detém 20% da sociedade. Desde sábado (11/02), a usina tem controle público, já que a Companhia Vale do Rio Doce, que detinha uma fatia de 40%, vendeu a participação para a Furnas Centrais Elétricas. O terceiro sócio é a CPFL Energia, também com 40%. Hoje, a CPFL é a única acionista privada da futura usina.
A condição de estatal pode mudar quando a CEEE de desfizer de sua participação, intenção comunicada aos sócios do consórcio Foz do Chapecó em outubro do ano passado e confirmada ontem pelo secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres. Segundo ele, há dois caminhos para o negócio. O primeiro é a CPFL adquirir uma fatia que lhe garanta o controle acionário com 51% - a Eletrobrás, via Furnas, ficaria com 49%. O segundo é a entrada de um novo parceiro privado no projeto.
O novo arranjo societário da hidrelétrica Foz do Chapecó será objeto de reunião no início desta semana, na sede da Eletrobras, no Rio de Janeiro. O calendário de construção da usina começa em março, com a aquisição dos terrenos. A previsão é que a primeira turbina opere em junho de 2010.
O secretário Valdir Andres diz que a desistência da CEEE se deve a razões estratégicas da empresa, que pretende concentrar investimentos em usinas construídas no Rio Grande do Sul. É o caso da hidrelétrica Passo do São João, que a Eletrosul construirá nas Missões. A CEEE terá 40% do projeto.
(CP, 12/02/06)