Praia de Fora é aberta ao público
2006-02-13
Desde o sábado (11/10), está aberto ao público a Praia de Fora do Parque Estadual
de Itapuã. A medida amplia a área de lazer e educação ambiental disponível no
Parque, que já oferecia as praias das Pombas e da Pedreira aos visitantes. Será a
única praia ao longo da Laguna dos Patos aberta à visitação, já que as outras
duas praias acessíveis ainda estão nos limites do Guaíba.
A Praia de Fora é a maior das praias do Parque Estadual de Itapuã, e só havia
sido aberta experimentalmente por um curto período em 2003. Desde sábado, 200
pessoas podem visitar, por dia, a faixa de 1 km delimitada pela Secretaria
Estadual do Meio Ambiente. A Praia possui, ao todo, 16 km de extensão, e pelo
Plano de Manejo do Parque de Itapuã, poderá, com a adequada infra-estrutura,
receber até 700 visitantes por dia. O limite dado pela direção do Parque
baseia-se na capacidade de uso das obras já prontas. A Praia conta com cerca de
30 churrasqueiras, banheiros com fossas sépticas, e também com o atendimento de dois salva-vidas e monitores de educação ambiental.
De acordo com o secretário Mauro Sparta, a abertura da Praia de Fora em condições
de visitação é uma prova de que as ações pelo meio ambiente dão retorno. “A área
era uma das que mais sofreu com a degradação ambiental no passado, e foi sendo
recuperada com a implementação do Parque de Itapuã”, conta Sparta. “Agora toda
esta natureza poderá ser conhecida e apreciada pela população”.
Sobre o Parque
O Parque Estadual de Itapuã, localizado em Viamão, a 57 quilômetros de Porto
Alegre, é uma unidade de conservação de proteção integral e guarda a última
amostra dos ambientes originais da Região Metropolitana da capital gaúcha. Além
de receber o público, a unidade de conservação tem como objetivos a conservação
da biodiversidade, a pesquisa científica e a educação ambiental.
São 5.566 hectares, abrigando uma diversidade de paisagens e ecossistemas
compostos de morros, praias, dunas, lagoas e banhados, com número significativo
de espécies raras e ameaçadas de extinção. O Parque abriga cerca de 40 espécies
de répteis, 30 de anfíbios, 200 de aves e um bom número de mamíferos, entre estes
a jaguatirica, o gato-maracajá, a lontra e o bugio-ruivo. Esse último consta da
Lista das Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção do Rio Grande do Sul e é o
símbolo do Parque. A área também é abrigo para aves migratórias.
Os impactos ambientais produzidos pelo homem nas últimas décadas com o
desmatamento, a caça, a extração do granito rosa e a ocupação urbana desordenada
levaram à diminuição do número de espécies animais e vegetais. O Parque ficou
fechado por mais de dez anos para que a natureza pudesse se recuperar e foi
reaberto em abril de 2002.
(Sema, 10/02/06)