Rio Grande: Redes de espera são armadilhas para botos
2006-02-13
Técnicos do Laboratório de Mamíferos Marinhos do Museu Oceanográfico da Furg, que atuam no projeto Botos da Lagoa dos Patos, encontraram quinta-feira (08/02) à tarde um boto (Tursiops truncatus) morto e com uma rede de pesca enroscada na cauda. O animal, um macho adulto de 3,30 metros de comprimento e pesando 300 quilos, foi achado na ponta do Molhe Oeste, no Cassino.
Segundo o oceanólogo Lauro Barcellos, diretor do Museu Oceanográfico, o fato prova que os botos são vítimas das redes de espera de emalhe, instaladas nas áreas adjacentes aos Molhes da Barra e dentro do canal de acesso.
Barcellos e o biólogo Pedro Fruet, da equipe do projeto, dizem tratar-se de um exemplar da população de botos que se reproduz, se alimenta e se socializa no estuário da lagoa e em áreas oceânicas adjacentes. Fruet observou que em 1999 essa população era de 80 botos, mas desde 2002 a mortalidade aumentou. São encontrados mortos em torno de 14 por ano.
(CP, 11/02/06)