“Energia do lixo” recebe autorização da Aneel para ser comercializada pela Usina Bandeirantes (SP)
2006-02-10
Com a Resolução Autorizativa nº 430 de 30 de Janeiro de 2006, o Unibanco transferiu à empresa Biogeração 50% da produção total da Usina Termelétrica Bandeirantes (UTE BAndeirantes), permitindo a esta, comercializar a energia elétrica produzida a consumidores especiais (com demanda entre 0,5 e 3,0 MW médios).
Arrendatário da Biogeração e beneficiário da metade da energia produzida na usina, o Unibanco – na figura de autoprodutor – junto ao recém-assinado Consórcio Bandeirantes Bioenergética, a partir de agora, não apenas alimentará todos os seus prédios administrativos de São Paulo, mas passará à Biogeração a possibilidade de comercializar o excedente produzido pela usina, equalizando o antigo projeto financeiro.
"Com a concretização dessa nova fase – em desenvolvimento desde 2004 –, o Unibanco amplia o seu pioneirismo em administração e comercialização de energia", explica Richard Fazzani, gestor do projeto no Unibanco.
O executivo lembra que o projeto traz benefícios tanto do ponto de vista sócio-ambiental, que já seria suficiente para justificar sua existência, quanto do ponto de vista negocial para o Unibanco. "Essa nova fase nos possibilita ter acesso aos créditos de carbono que serão comercializáveis, conforme disposições do Protocolo de Kyoto", conclui.
A UTE Bandeirantes é um projeto viabilizado por uma operação de Project Finance do Unibanco, no bairro de Perus, em São Paulo, realizado em 2003. Com capacidade de gerar 170.000 MWh/ano, a usina brasileira é a maior termelétrica do mundo, entre as que geram energia a partir do biogás.
Operando em um terreno de 140 hectares, onde está o aterro que pertence à Prefeitura de São Paulo, a UTE Bandeirantes transforma em energia o gás proveniente das mais de 7 mil toneladas de lixo coletadas a partir da limpeza urbana de São Paulo, que são depositados diariamente no local.
A UTE Bandeirantes nasceu, há três anos, da iniciativa que colocou o Brasil na vanguarda da geração de energia limpa no mundo. O projeto, concebido em quatro meses, foi possível a partir de uma concessão municipal para a Biogeração, que, desde então beneficia o gás metano em energia elétrica.
Com Project Finance do Unibanco, a captação do gás ficou a cargo da Biogás, que, para isso, utilizou Know-how da holandesa Van Der Wiel. Os 24 motores Cartepillar são operados e mantidos pela Sotreq colocando em funcionamento a maior termelétrica movida a gás metano do mundo.
A energia, resultante da queima do gás, que poderia beneficiar até 300 mil usuários, é utilizada pelo Unibanco em cinco prédios administrativos da cidade de São Paulo, e agora comercializado a clientes consumidores especiais no mercado livre de energia.
(Informações da Assessoria de Imprensa do Unibanco)