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2006-02-10
Quem leu os jornais nas últimas semanas pode ter tido a sensação de estar de volta ao período da Guerra Fria, quando o mundo se angustiava diante do impasse nuclear entre Estados Unidos e União Soviética. Desta vez, o centro do palco é ocupado pelo Irã, nação islâmica de 70 milhões de habitantes. O debate, que na semana passada chegou às Nações Unidas, gira em torno do programa nuclear iraniano, visto pelos países ocidentais como um claro movimento em direção à bomba atômica. Em face das soluções apresentadas - da mais leniente diplomacia aos radicais clamores por uma intervenção militar, leia-se guerra -, a ONU decidiu seguir buscando uma saída.

O impasse remonta ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear, assinado em 1970. Na ocasião, os signatários concordaram em abrir mão das armas em troca do direito inalienável de desenvolver, produzir e usar a energia nuclear para fins pacíficos. Mas a tecnologia usada para enriquecer combustível nuclear é a mesma tanto para o uso em reatores quanto em ogivas atômicas. O governo do Irã, assim como a Coréia do Norte, tem evocado esse direito e não pretende abrir mão dele. Analistas internacionais defendem o uso da inteligência, mais que da força, para convencer os iranianos a mudar seus planos. As propostas apresentadas, porém, não agradam a nenhum dos lados, principalmente aos EUA.

Uma solução possível seria tornar o tratado mais abrangente, restringindo o direito às pesquisas atômicas. Um movimento como esse, contudo, exigiria uma contrapartida das nações atômicas - por exemplo, um passo em direção ao desarmamento. Os EUA não querem nem ouvir falar nisso e inclusive ignoram a parte do acordo que já menciona a redução dos arsenais. Obviamente nenhum país concordaria em ver reduzidas suas prerrogativas sem receber compensações. Os americanos, muito mais interessados em limitar a circulação de material nuclear no mundo que no desarmamento propriamente dito, criaram sua própria solução, por meio da chamada Iniciativa de Segurança para a Proliferação. Trata-se de um acordo internacional cujo objetivo é barrar a movimentação de material atômico ao redor do globo.

No ano passado, a ONU referendou a medida. Na mesma reunião foi sugerido que a Agência Internacional de Energia Atômica ficasse responsável por garantir a qualquer país interessado o acesso a materiais nucleares para aplicações não-militares. A intenção era criar um distribuidor global de energia atômica, tirando de nações menos amistosas o argumento de que elas têm o direito de conduzir as próprias pesquisas na área. Os EUA até aceitam a idéia, só não gostam de ver uma agência internacional responsável por sua execução. A contraproposta americana é criar um grupo de países que produzam combustíveis nucleares para garantir o suprimento desses materiais no mercado internacional. Sem conclusões animadoras, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, descreveu a negociação como "uma desgraça".

O TAMANHO DA ENCRENCA
- Arsenal nuclear global

País - Ogivas Disponíveis / Ogivas Armazenadas
Rússia - 5.833 / 16.000
Estados Unidos - 5.735 / 9.962
China - 402 / *
França - 348 / *
Inglaterra - 200 / *
Israel - * / 200
Índia - * / 40 a 50
Paquistão - * / 50 a 60
*Dados não disponíveis Fonte: The Bulletin of the Atomic Cientists
(Época, 06/02/06)

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