Zona Sul não terá mais falta de água, diz Corsan
2006-02-09
A constante falta de água na Zona Sul de Santa Cruz chegou ao fim. Pelo menos é o que afirma o superintendende adjunto da Regional Santa Maria da Corsan, José Vilmar Viegas. Ele se reuniu ontem com os presidentes das associações dos moradores dos bairros Imigrante, Harmonia, Glória e Cristal para discutir os problemas no abastecimento. Os futuros investimentos e a possível renovação do contrato com a cidade também foram expostos.
Desde dezembro que viver na Zona Sul não tem sido fácil. A falta de água, em especial nos últimos dois meses, tem atrapalhado a rotina dos moradores, como afirma Adão Lemos, do Bairro Glória. “Sem abastecimento durante muito tempo as pessoas que chegam do trabalho não têm condições de tomar banho, causando um enorme transtorno.”
O presidente da União das Associações de Moradores de Bairros de Santa Cruz do Sul, Gilberto Piacentini, diz que as donas de casa são as mais prejudicadas. “Todo o trabalho doméstico fica comprometido.”
Para solucionar os problemas a Corsan instalou duas bombas interligando duas zonas. Uma fica na Rua Dona Carlota, no Faixinal Velho, e a outra na Rua Victor Frederico Baumhardt, no Distrito Industrial. O incremento na rede deverá melhorar a pressão nas torneiras, segundo Viegas. “O alto consumo do verão nos surpreendeu. Hoje (ontem) conseguimos regularizar as operações e amanhã (hoje) faremos todos os testes.”
O vereador Hildo Ney Caspary (PP) questionou os investimentos da companhia em Santa Cruz. Conforme seus dados o faturamento da Corsan passa dos R$ 14 millhões por ano. Viegas rebateu. “Quando firmamos o contrato com Prefeitura em 1989 estavam previstas algumas obras e a solução de vários problemas. Todos os projetos foram cumpridos, mais o Lago Dourado, que não estava no cronograma”, diz.
“Nosso serviço espira em 2009 e até lá o projeto para reestuturar a rede na cidade estará em andamento, pois já foi aprovado. Um reservatório no Esmeralda está em licitação e deve sair em breve. A comunidade pode ficar tranqüila, a Corsan está atenta às suas necessidades.”
O superintende afirmou que o plano definitivo sobre a água em Santa Cruz para os próximos 20 anos estará pronto no fim de 2006. Piacentini alegou descaso da companhia com a comunidade. “As tubulações já não suportam mais a pressão. São velhas e precisam de reformas. Essa atenção não é totalmente verdadeira.” Viegas disse que o nível de investimentos na cidade é bom e que o município é uma praça fundamental para a Corsan. “Quando o contrato chegar ao fim entraremos de novo em conversas com a Prefeitura. Nosso interesse é total e não vamos medir esforços para conseguir a renovação.”
(Gazeta do Sul, 09/02/06)