Zona Sul: Cemitério Evangélico muda para sobreviver
2006-02-07
Até o início do próximo mês, o Cemitério Evangélico, localizado na rua Dois de Novembro, em Rio Grande, passará por um profundo processo de mudanças. Serão promovidas reformas estruturais e a alteração de uma de suas características, o sepultamento no chão.
As mudanças serão resultado do trabalho da nova administradora do cemitério, a Funerária Rio Grande, a partir de um contrato de três anos feito com a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), proprietária do local. Segundo o novo administrador, Gilson Rosa Ávila, a manutenção do cemitério se tornou inviável com a lei federal que proíbe o sepultamento no chão em locais onde o lençol freático se encontra muito próximo à superfície e corre o risco de ser contaminado, como no caso do município do Rio Grande.
"Para sepultar no chão, passou a ser exigida a construção de uma caixa isolante de concreto, encarecendo demais o serviço", revela Ávila. De acordo com o projeto, serão construídas capelas para velórios e cinco alturas de sepulturas verticais.
Inicialmente, conforme Ávila, serão construídos de 250 a 400 jazigos que poderão ser alugados ou vendidos, independentemente de religião ou crença de quem adquire, passando o local a ser um cemitério ecumênico. "Também será implantando um sistema de iluminação que permitirá sepultamentos à noite", explica o proprierário da Funerária Rio Grande. Gilson Ávila afirma que a as características arquitetônicas do cemitério não serão alteradas, já que se trata de uma obra centenária.
(Hamilton Freitas/Jornal Agora, 07/02/06)